Celebrado mundialmente desde 22 de março de 1993, o Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92). Desde então as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos.
Problemas esses que se sabe não são poucos, inclusive não observa-se atitudes concretas em desenvolver mecanismos que atuem preventiva e repressivamente no combate à poluição de nossos reservatórios e as águas subterrâneas.
Sabemos que a água é um recurso essencial e indispensável para a sobrevivência de todos os seres vivos. Ela atua mantendo nosso corpo hidratado, ajuda no transporte de substâncias, funciona como solvente, regula a nossa temperatura, participa de reações químicas, entre várias outras funções.
Apesar de o nosso planeta ser repleto de água, estima-se que apenas 0,77% esteja disponível para o consumo humano em lagos, rios e reservatórios subterrâneos. Vale destacar, no entanto, que essa quantidade não está distribuída igualmente por todo o território, consequentemente, existem locais onde esse recurso é considerado bastante valioso. Em virtude dessa desigualdade de distribuição, em várias regiões ocorrem verdadeiros conflitos por água.
Além da escassez de água em algumas regiões, enfrentamos ainda o problema da baixa qualidade. A poluição causada pelas atividades humanas faz com que a água esteja disponível, porém não esteja própria para o consumo. Estima-se que 20% da população mundial não tenha acesso à água limpa e, segundo a UNICEF, cerca de 1.400 crianças menores que cinco anos de idade morrem todos os dias em decorrência da falta de água potável, saneamento básico e higiene.
A água contaminada provoca diversas doenças, tais como hepatite, amebíase, cólera, gastroenterite e esquistossomose. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 80% das doenças no mundo sejam causadas pela ingestão de água imprópria para o consumo.
Para ser própria para o consumo humano, a água deve estar com sabor, cor e odor inalterados e não possuir substâncias tóxicas nem micro-organismos patogênicos. Águas com essas características são chamadas de potáveis.
A questão do não controle e o uso abusivo deste recurso, pode causar em um futuro próximo a falta ou uma grave escassez do liquido, inclusive no trato da agricultura que é responsável por 72% do consumo.
Segundo pesquisadores da EMBRAPA, o conhecimento científico gerado nas últimas décadas comprova ser possível utilizar água na agricultura com racionalidade e sem desperdício. Diante da crise hídrica em regiões importantes do Brasil, é fundamental que a sociedade tenha acesso a este conhecimento. Aqui você encontrará soluções tecnológicas desenvolvidas ou adaptadas para diferentes biomas, que mostram como usar a água na produção vegetal e na criação animal.
Cerca de 72% da água captada no país vai para a produção agrícola, o que está em linha com a média de 70% no mundo, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas). Mas esse consumo envolve diversas variáveis e, segundo especialistas consultados pela BBC Brasil, ainda há desperdício significativo no setor e muito o que fazer para economizar água.
Os analistas concordam em uma coisa: o Brasil tem água o bastante para todos, mas precisa aprender a geri-la de forma mais eficiente e combater os desperdícios.
Outro fato impactante nas águas da região do Araripe e até Nacional, é a questão da Outorga, que nada mais é que o direito de uso de recursos hídricos. Sendo um dos seis instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, estabelecidos no inciso III, do art. 5º da Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Esse instrumento tem como objetivo assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos.
É fundamental nos posicionarmos de maneira ecologicamente correta, exigindo esforços dos governantes e mudando nossos hábitos em relação a esse grave problema. Juntos podemos reverter esse triste quadro!
Imagens: Google
Fotos: Patrulha Ambiental
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