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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Patrulha Ambiental busca parcerias entre instituições para trazer curso de Paleontologia para Araripina – PE

O Araripe pernambucano já foi um lago que secou durante um período longo de aridez. A prova disso são os depósitos de gipsita.
Os fósseis, via de regra, são encontrados em rochas sedimentadas havendo raríssimas exceções, e essas rochas sedimentadas são encontradas em áreas conhecidas como bacias sedimentadas, que são depressões da superfície terrestre nas quais se acumulam sedimentos. Elas são de grande importância pois, constituem uma fonte de informações sobre a evolução ambiental e ecológica do passado da Terra.
Os fosseis do Araripe são conhecidos mundialmente por representarem, de forma rara e única, antigos ecossistemas da Terra com cerca de 100 milhões de anos.
Foi com esse pensamento que a ONG Patrulha Ambiental procurou o departamento de Geologia no Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE e expôs aos paleontólogos responsáveis por aquele departamento – a Dra. Alcina Barreto e Rudah Duque, o interesse em desenvolver um trabalho de coleta desses fósseis para que, em um futuro próximo, possa ser implantado o tão sonhado museu de paleontologia na cidade de Araripina – PE.
Na visita ao centro de Tecnologia e Ciências, a Dra Alcina Barreto se comprometeu em entrar em contato com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para saber se a ONG Patrulha Ambiental Itinerante poderia ser a responsável pela coleta dos fósseis. A resposta foi a seguinte: “A entidade não governamental pode realizar a coleta de fósseis, ressaltando que a autorização de coleta será concedida somente para pessoa física que comprove sua expertise para a realização da atividade, ou seja, possua formação em Geologia ou, no caso de outra formação profissional, ter pós-graduação (concluída ou em curso) na área da Paleontologia”.
Embora a ONG tenha interesse no trabalho de preservação da história e patrimônio, pois, os fósseis fazem parte da identidade do lugar em que eles são encontrados e por isso são considerados por leis brasileiras como “Patrimônio Cultural e Natural da Nação”, infelizmente ainda não temos, na equipe, profissionais com a formação exigida.
Em busca de alternativas que solucionem a lacuna, foi marcada uma reunião com a Diretora da AEDA, a Sra. Rosa Maria, onde foram expostas todas as soluções (dentro do possível) para sanar tal obstáculo e ceder as dependências da Faculdade para trazer o curso ou especialização na área de paleontologia.
Estiveram presentes na reunião a Diretora da AEDA - a Sra. Rosa Maria, a Sra. Graças Jaques, Marquel Jacob (Patrulha Ambiental), representantes da Secretaria de Cultura, Juventude e Turismo, e a professora Helena Deiva (sobrinha do Professor Vicente, grande conhecedor e pesquisador de fósseis). 

Fonte: Tesouros do Araripe
Fonte: A paleontologia e os fosseis do ARARIPE PERNAMBUCANO
Imagens: Google

Imagem: DNPM
Fotos: Patrulha Ambiental

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Umbu entra na lista de alimentos ameaçados de extinção, enquanto isso vemos que a derrubada continua...


Conhecida dos nordestinos, o umbu entrou na lista de alimentos ameaçados de extinção. De acordo com a fundação Slow Food, as secas prolongadas e a criação de bodes são os dois fatores que mais contribuem para o cenário.


Porém, durante uma coleta de sementes nas imediações da cidade de Araripina – PE, integrantes da Patrulha Ambiental se depararam com uma sena dolorosa, pois, encontraram um Umbuzeiro derrubado e mesmo tendo sua árvore matriz retirada, luta para sobreviver, como mostra as imagens com vários brotos.

O grupo voltará ao local, onde fará a solicitação dos galhos, para que os mesmos sejam doados aos interessados em replantá-la e em manter essa árvore símbolo do nordeste viva.
Lembrando que a derrubada da vegetação nativa de qualquer dos Biomas brasileiros é considerado crime ambiental, amparado pela lei 9.605/98 em seu art. 38: Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção.
Já um Município vizinho a Araripina – PE, o qual faz parte da Área de Proteção Ambiental - APA – Araripe, tornou através da Lei Municipal nº 388/09, o UMBUZEIRO Patrimônio Ambiental do Município de Campos Sales, Ceará, Parabéns!!!
O umbuzeiro, uma árvore emblemática da caatinga, está ameaçado. Seus frutos são consumidos por toda a população do semiárido. O botânico José Alves, da Univasf, resume sua importância em poucas palavras: “O umbuzeiro matou a fome e a sede de muito sertanejo.”
Ele conta que as árvores de umbuzeiro encontradas atualmente na caatinga são muito velhas, com mais de 100 anos de idade. E explica que o motivo disso é a procura dos animais por ela.
”Você não encontra mais árvore jovem por conta do forrageio, dos caprinos. Esses animais consomem as folhas, as flores, os frutos e até as sementes do umbuzeiro, o que inviabiliza a sua recuperação”, diz.
O especialista aponta uma solução para o problema: a mudança no manejo de animais, como bodes. “Tem que haver áreas de proteção. Temos que escolher se vamos cercar as áreas para os caprinos usarem ou se vamos cercar os umbuzeiros para as árvores se recuperarem.”

Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Patrulha Ambiental capacita-se e busca parceria na capital do Estado (Recife)

Integrantes da Patrulha Ambiental estiveram na capital Recife, nos dias 05 e 06/10 procurando parcerias e participando de uma capacitação de manejo e contenção de animais silvestres no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), da CPRH, em Aldeia.
Os monitores do treinamento foram os Biólogos Yuri Valença e Tatiana Clericuzi, e a veterinária Natália Costa..
Durante o treinamento foi observado que o centro recebe animais diariamente, muitas vezes apreendidos ou de doação voluntária, e esses animais chegam feridos, desnutridos ou mutilados e precisam passar por tratamento médico até estarem aptos a voltar à natureza.
O principal objetivo da Patrulha Ambiental Itinerante é o desenvolvimento de ações em defesa do meio ambiente e no desencadear dos trabalhos a ONG vem recebendo pedidos frequentes da população quanto à formação de uma equipe que possa realizar a captura de animais silvestres em situação de risco, no entanto, o trabalho de captura desses animais deve ser realizado por pessoas aptas e treinadas para este fim e os integrantes desta ONG se propuseram a buscar o devido treinamento e formação para atuarem nessas situações, atendendo assim as necessidades da região.
A Patrulha Ambiental buscou contatos com agentes do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas - CPRH) que se prontificaram a dar todo treinamento necessário, no que se refere ao tema, aos integrantes da Patrulha, sendo que o referido treinamento teve que ser realizado na sede daquele órgão no Recife, com duração de no mínimo um (01) dia.

Aproveitando a oportunidade os agentes anteciparam a viagem para buscar contato com algumas instituições e profissionais de áreas relacionadas à preservação e conscientização ambiental e entre esses profissionais, contatamos a Paleontóloga Alcina Barreto e com o também paleontólogo Rudah Duque, no Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, onde nos reunimos e alinhamos diálogos promissores em busca de futuras parcerias em relação ao trabalho com fosseis na região do Araripe (PE e CE), lembrando que os fósseis fazem parte da identidade do lugar em que foram encontrados e por isso são considerados pelas leis brasileiras, como Patrimônio Cultural e Natural da Nação.
Foi também realizada uma visita à sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para a reiteração do oficio enviado àquela instituição formalizando o pedido de fiel depositário ou de doação (Fiel depositário é a atribuição dada a alguém para guardar um bem durante um processo judicial, e está prevista no inciso IV, artigo 665, do Código de Processo Civil) de um veículo para os trabalhos desenvolvidos pela Patrulha Ambiental, tais como coleta de sementes, busca de material para o plantio de espécies nativas em seu viveiro (esterco, barro e área) mostrando a real necessidade deste veículo para esta ONG.
A Patrulha ambiental tem como principal missão cooperar como organismo de informação para o conhecimento da biodiversidade do Bioma Caatinga, na proteção e recuperação, no desenvolvimento de projetos de tecnologias e da educação ambiental para a conservação e sustentabilidade do Meio Ambiente.
Sendo uma organização atuante na proteção e recuperação e na busca constante da conservação e sustentabilidade do Meio Ambiente da Região do Araripe.

O deslocamento dos integrantes demandou despesas de passagem, hospedagem, e translado na capital, que foram custeados pelos seguintes parceiros e colaboradores:









 Kalleb Oliveira - Analista Sócio-Ambiental

Fotos: Patrulha Ambiental

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Rinha de briga de galos desarticulada em Araripina – PE

Uma equipe da Polícia Militar realizava rondas nas proximidades da cidade de Araripina, sertão de Pernambuco, no último domingo (01/10/2017), quando receberam uma denúncia de que no sítio Santo Antônio estava ocorrendo uma rinha de briga de galos, onde de imediato a equipe se dirigiu até o local e constatou a veracidade dos fatos.



Nas imediações do sítio havia uma espécie de ringue onde as aves eram colocadas para lutar até a morte. Também foram encontrados tablados, viveiros, esporas de aço que eram colocadas nos galos para que ferissem mortalmente os rivais. Cerca de 10 aves foram apreendidas – muitas apresentavam sinais de maus-tratos.
Foram conduzidas até a delegacia 07 pessoas envolvidas na ocorrência onde foram ouvidos e liberados, ficando posteriormente de se apresentarem à autoridade judicial, caso o Poder Judiciário acate o Termo Circunstancial de Ocorrência. 
Segundo o agente da Patrulha Ambiental, estas pessoas submetem os animais a uma grande crueldade, tanto na briga de galo em si, como também na sua criação, pois a ave passa por enorme estresse em seu treinamento e recebe em alguns casos, grande carga de anabolizantes. Sem contar o local onde ficam, que são pequenas gaiolas, onde mal podem se mexer.
Foi elaborado um termo de doação, onde a Patrulha Ambiental ficou responsável pelos animais, encaminhando-os para um local adequado e posteriormente sua destinação final, dentro das normas estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores. 
Acrescentando ainda, que essa pratica é considerada crime ambiental, como pode ser observado nas linhas abaixo:

A Lei 9.605/98 relata o seguinte:

Em seu Art. 32. Redige-se o seguinte: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Já em seu Art. 2º  - Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
As diligências continuarão a acontecer na região para coibir esses crimes ocorridos e muitas vezes aceitos e compartilhados por parte da população.

Fonte: Delegacia de Polícia de Araripina - PE
Foto: Patrulha Ambiental
Imagens: Google