O
Araripe pernambucano já foi um lago que secou durante um período longo de
aridez. A prova disso são os depósitos de gipsita.
Os
fósseis, via de regra, são encontrados em rochas sedimentadas havendo
raríssimas exceções, e essas rochas sedimentadas são encontradas em áreas
conhecidas como bacias sedimentadas, que são depressões da superfície terrestre
nas quais se acumulam sedimentos. Elas são de grande importância pois,
constituem uma fonte de informações sobre a evolução ambiental e ecológica do
passado da Terra.
Os
fosseis do Araripe são conhecidos mundialmente por representarem, de forma rara
e única, antigos ecossistemas da Terra com cerca de 100 milhões de anos.
Foi
com esse pensamento que a ONG Patrulha Ambiental procurou o departamento de
Geologia no Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE e expôs aos
paleontólogos responsáveis por aquele departamento – a Dra. Alcina Barreto e Rudah
Duque, o interesse em desenvolver um trabalho de coleta desses fósseis para que,
em um futuro próximo, possa ser implantado o tão sonhado museu de paleontologia
na cidade de Araripina – PE.
Na
visita ao centro de Tecnologia e Ciências, a Dra Alcina Barreto se comprometeu
em entrar em contato com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para
saber se a ONG Patrulha Ambiental Itinerante poderia ser a responsável pela
coleta dos fósseis. A resposta foi a seguinte: “A
entidade não governamental pode realizar a coleta de fósseis, ressaltando que a
autorização de coleta será concedida somente para pessoa física que comprove
sua expertise para a realização da atividade, ou seja, possua formação em
Geologia ou, no caso de outra formação profissional, ter pós-graduação
(concluída ou em curso) na área da Paleontologia”.
Embora
a ONG tenha interesse no trabalho de preservação da história e patrimônio,
pois, os fósseis fazem parte da identidade do lugar em que eles são encontrados
e por isso são considerados por leis brasileiras como “Patrimônio Cultural e
Natural da Nação”, infelizmente ainda não temos, na equipe, profissionais com a
formação exigida.
Em
busca de alternativas que solucionem a lacuna, foi marcada uma reunião com a
Diretora da AEDA, a Sra. Rosa Maria, onde foram expostas todas as soluções
(dentro do possível) para sanar tal obstáculo e ceder as dependências da
Faculdade para trazer o curso ou especialização na área de paleontologia.
Estiveram
presentes na reunião a Diretora da AEDA - a Sra. Rosa Maria, a Sra. Graças
Jaques, Marquel Jacob (Patrulha Ambiental), representantes da Secretaria de Cultura,
Juventude e Turismo, e a professora Helena Deiva (sobrinha do Professor
Vicente, grande conhecedor e pesquisador de fósseis).
Fonte: A paleontologia e os fosseis do ARARIPE PERNAMBUCANO
Imagens: Google
Imagem: DNPM
Fotos: Patrulha Ambiental
Fotos: Patrulha Ambiental