Powered By Blogger

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Viveiro da Patrulha Ambiental será desativado.

É como muita tristeza que a equipe da Patrulha Ambiental Itinerante vem informar a população da região do Araripe, que está desativando os trabalhos de produção e distribuição de mudas no viveiro localizado nas dependências da Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina – FACIAGRA a partir do dia 25/07/2021.

Um dos motivos que levaram o grupo a tomar essa decisão veio após encontrarmos por vezes o viveiro violado. Inclusive, no último domingo (17/07) como é de rotina, fomos até o viveiro onde encontramos parte da tela de proteção (sombrite) retirada, algo em torno de 5 metros, já na quarta-feira ao voltar para regar as mudas encontramos novamente toda parte traseira do viveiro retirada, deixando o local exposto e em total vulnerabilidade, com a presença de animais soltos no interior do campus.

Outro motivo é a falta de apoio das instituições ou pessoas físicas que poderiam com pouco investimento ajudar a ONG, pois, temos despesas com combustível (dias alternados temos que dar manutenção no viveiro), material para produção de substrato (barro, areia e adubo), água para regar as plantas (internas e externas), controle químico ou orgânico para controle de pragas, compra de saquinhos para a produção das mudas, equipamentos diversos (pá, enxadas, rastelos, carrinho de mão, baldes, regadores etc).

O Grupo Patrulha Ambiental Itinerante deu início oficialmente à produção de mudas no dia 21/08/2016, (já que iniciou-se o plantio informal no ano anterior) com sementes de espécies do Bioma Caatinga, exóticas e frutíferas, com a ideia de contribuir com o reflorestamento nos municípios da região, já que doamos sem discriminação da localidade onde seriam plantadas, nesse caso o trabalho foi desenvolvido e conseguimos em pouco tempo abranger cidades dos três Estados circunvizinhos.

Como no Estado do Piauí, onde foram doadas mudas para os municípios de Fronteiras, Caldeirão Grande do Piauí, Marcolândia, Alegrete do Piauí, Picos, Pio IX, Curral Novo, Simões, Valença do Piauí, Francisco Macedo, Padre Marcos, Caridade e Campo Grande do Piauí.
Fronteiras - PI
Simões - PI
No Estado do Ceará os municípios de Campos Sales, Aiuaba, Salitre, Jardim e Araripe também receberam mudas do nosso viveiro.
Jardim - CE
Salitre - CE
Em Pernambuco, foram outras tantas, como: Araripina, Trindade, Cedro, Ouricuri, Ipubi, Exú, Bodocó, Moreilândia, Granito, Santa Cruz, Lagoa Grande, Petrolina, Parnamirim, Terra Nova, Serrita, Santa Filomena, Salgueiro, Santa Maria da Boa Vista e Recife.
Araripina - PE
Ouricuri - PE
Além desse trabalho de doação de mudas também chegamos a fornecer sementes de espécies nativas e exóticas a vários viveiristas e pessoas físicas de outros estados do Brasil, como Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Brasília (DF).

Nesse período também formamos uma parceria com o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal do Vale do São Francisco NEMA/UNIVASF, onde recebemos as sementes tratadas e em contrapartida a Patrulha Ambiental retribuiu doando 20% das mudas produzidas para atender as demandas do Programa de Conservação da Fauna e Flora, Subprograma Flora – PBA 23 do Projeto São Francisco e viabilizar a produção das mudas necessárias para implantação dos Planos de Recuperação de Área Degradada (PRADs) nas áreas definidas do Programa para Recuperação de Áreas Degradadas – PBA 09 do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF.


A Patrulha também oferecia palestras na sede do viveiro para estudantes de escolas de ensino médio e acadêmicos do campus. Nesses momentos os patrulheiros explanavam aos orientados os trabalhos desenvolvidos pela equipe, como coleta das sementes e quebra de dormência, preparo de substrato, plantio, acompanhamento do crescimento, doação das mudas às comunidades, resgate e soltura de animais silvestres apreendidos pelas polícias Civil e Militar.


Entretanto, ficamos gratos a todos que de forma direta ou indireta contribuíram com os trabalhos realizados no viveiro da ONG, informando que as ações da Patrulha que não estejam ligadas à produção e doação de mudas, terão continuidade.



Fotos: Patrulha Ambiental

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Lei proíbe soltura de fogos de artifícios barulhentos no Estado de Pernambuco.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco promulgou a Lei n° 17.195/2021, de autoria do deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), que proíbe a queima e a soltura de fogos com estampidos em todo território pernambucano. O texto também amplia a proibição de utilização de fogos de artifício ou qualquer artefato ruidoso em unidades de proteção ambiental. (grifos do autor)

De acordo com a Lei citada acima,
“Art. 1º-A. Fica proibida a utilização, a queima e a soltura de fogos de artifícios e assemelhados, e de quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso com estampidos, nas classes C e D, conforme o Decreto - Lei Federal nº 4.238, de 8 de abril de 1942, em todo o território do Estado de Pernambuco, em eventos festivos ou de entretenimentos, em ambiente aberto, de caráter público ou privado. (AC)”
Os fogos barulhentos causam um enorme transtorno à sociedade, prejudicando principalmente a saúde de crianças, idosos, pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e animais. A proibição da soltura traz alívio para quem enfrenta problemas nos períodos festivos.

Equipes das ONGs saíram a campo com o intuito de informar aos comerciantes e autoridades a entrada em vigor da lei e na oportunidade foram afixados cartazes orientando a população das penalidades ocorridas em caso de descumprimento da legislação.

A queima de fogos de artifício é costume tradicional em muitos países. Apesar dessa prática ser apreciada por algumas pessoas (principalmente em épocas festivas, etc.) ela pode causar danos irreversíveis aos animais, ambiente e pessoas, podendo ser entendida como uma forma de poluição atmosférica e sonora (“artigo 54 da Lei nº 9.605/1998, também chamada de Lei de Crimes Ambientais. Essa lei compreende poluição de qualquer natureza e que possa causar danos à saúde humana ou à de animais, além de destruição da flora..."). Muito se fala sobre os danos causados pelo barulho dos fogos de artifício, mas o que nem todos imaginam é que, além da poluição sonora, a queima de fogos de artifício emite compostos poluentes para a atmosfera, o que também a caracteriza como uma forma de poluição do ar. (grifos do autor)
A Patrulha Ambiental Itinerante, com apoio da Associação Mantenedora de Proteção aos Animais de Araripina (AMPARA), Amigos dos Bichos de Rua, SOS Cães de Rua e Proteção Miau, já tinham entrado, desde o ano passado, com uma solicitação de Projeto de Lei que proibisse a queima de fogos de artifícios sonoros no Município de Araripina, porém, com a lei Estadual já se alcança os objetivos propostos.

“Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele”.
Martin Luther King Jr.

Fonte: /www.folhape.com.br
Imagens: Google