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domingo, 27 de janeiro de 2019

Tragédia do Brumadinho, o exemplo do descaso e ganância.

Foi uma tragédia anunciada, após a última do mesmo gênero ocorrido com o rompimento da barragem de Fundão em Mariana. 
Era 5 de novembro de 2015, 40 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de minério de ferro soterraram o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e percorreram quilômetros até o mar. A tragédia provocou a morte de 19 pessoas, contaminou o Rio Doce, mudou a vida de 500 mil habitantes das mais de 40 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo atingidas pelo vazamento, que se tornou o maior desastre ambiental da história do país. 
Não tem nada que justifique a tragédia do rompimento da barragem do Brumadinho de propriedade da Vale, ocorrido no dia 24 de janeiro de 2019. Temos apenas que lamentar as mortes e os desaparecimentos decorrentes do rompimento da barragem do rejeito da mineração.
O fato é que os esforços dos bombeiros do estado de Minas Gerais serão inúteis para tentar resgatar pessoas em vida. Como afirmou lamentando, o governador de Minas Gerais: "Vamos resgatar somente corpos". Nem mesmo as instalações dos "gabinetes de crise", do Planalto, em Brasília e Belo Horizonte, a essa altura, não servem para nada. 
Voltando para traz, a Agência Nacional de Mineração, que é responsável pela fiscalização das barragens de rejeito mineral, afirmou que os relatórios técnicos da Vale garantiam a estabilidade da estrutura de barragem de Brumadinho. Por outro lado, a Vale declarou que fez inspeção das barragens, a última, em dezembro de 2018, pela auditoria independente e nada de anormal encontrou. Isto vai ficar sendo como "verdadeiros" e nada mais. 
No Brasil, em especial, muitas coisas não são levados a sério. Uma herança dos portugueses, as empresas são obrigadas a apresentar relatórios, "um monte de papel", que não servem para nada. Do outro lado, os burocratas do governo aceitam e ficam satisfeitos com os relatórios, "um monte de papel", para se livrarem das responsabilidades. Tanto os diretores das empresas como burocratas do governo, se satisfazem com os relatórios, "um monte de papel" para justificarem os seus altos salários. 
Três anos depois do desastre ambiental de Mariana, ninguém foi preso. O processo envolvendo executivos da Samarco, Vale e BHP Billiton tramita na Vara Federal de Ponte Nova, ainda sem data para julgamento. Das 68 multas aplicadas por órgãos ambientais, apenas uma está sendo paga (em 59 parcelas). O impacto ambiental permanece, com a contaminação do Rio Doce. 
As tragédias, no Brasil, são recorrentes pela negligência dos responsáveis, pelo lado da iniciativa privada e conluio dos burocratas dos governos do outro lado. Se o Brasil fosse um país sério, o presidente da Vale e o diretor da Agência, teriam apresentado suas renúncias, sem antes pedir desculpas às famílias das vítimas e à população. Certamente, num país do primeiro mundo, os responsáveis pela tragédia, seriam responsabilizados pela Justiça. 
A impunidade prevalece, enquanto vidas são ceifadas pela ganancia e conivência das “autoridades” que se dizem responsáveis. 
Tragédia do Brumadinho é o costumado exemplo do descaso e ganância sobre coisas públicas no Brasil, fato esse que vemos diuturnamente nas manchetes jornalísticas. Vergonha Nacional! 

Imagens: Google
Fonte: ossamisakamori.blogspot.com

domingo, 20 de janeiro de 2019

Patrulha Ambiental participa de evento de distribuição de mudas (nativas, frutíferas e exóticas) no Sertão do Araripe em Ouricuri, PE.

O convite partiu da ativista ambiental a Sra. Cláudia Pereira, que juntamente com o Professor Dr. do IF Sertão Évio Galindo e sua equipe, que organizaram esse importantíssimo evento, que deverá (ou pelo menos deveria) influenciar outras instituições a seguirem o caminho da preocupação com a preservação ambiental, dando ênfase à mitigação dos impactos ambientais causados por nossos hábitos cotidianos.

As mudas de plantas nativas da região do Sertão do Araripe foram distribuídas gratuitamente à população em Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, esta foi a terceira edição da "Ação Ambiental" no município, onde teve a participação de um grande número de interessados, mostrando assim, que existem pessoas que realmente estão preocupadas com a verdadeira realidade que vive a região e Brasil, a nível de desmatamento indiscriminado e impactos causados por todos.
O principal objetivo do evento foi conscientizar as pessoas quanto à importância da preservação do meio ambiente e os efeitos contrários à não preservação. A distribuição foi realizada sexta feira (18/01), na Praça da Igreja Matriz, onde a população vive no clima dos festejos referentes às comemorações da festa do padroeiro da cidade .

Foram doadas cerca de 400 mudas em sua maioria plantas da vegetação nativa, entre essas algumas frutíferas como o umbu (Spondias tuberosa), graviola (Annona muricata) e exóticas, como a Moringa oleífera que teve uma grande procura por suas propriedades nutricionais e farmacológicas.
Juntamente com a distribuição das mudas, a população teve acesso a informações de procedimentos de plantio e importantes orientações referentes às plantas ali doadas, pois, contamos na ocasião com alguns profissionais de áreas ambientais como técnicos agrônomos, agropecuários e zootecnistas, estudantes, ativistas ambientais, gestores ambientais como é o caso da equipe da Patrulha Ambiental, entre outros, esclarecendo as possíveis dúvidas do público.

No intervalo da permanência da Patrulha Ambiental na cidade de Ouricuri, o Coordenador da Patrulha foi convidado a participar de um entrevista na Rádio Grande Serra, onde na entrevista com o locutor Emanoel Cordeiro, abordou alguns assuntos de interesse da população, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, crimes ambientais e ações desenvolvidas pela Patrulha Ambiental na região.


Fotos: Patrulha Ambiental

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

III ENCONTRO SABERES E PRÁTICAS DA CAATINGA SERÁ REALIZADO EM EXU EM JANEIRO 2019

Acontecerá nos dias 18 a 27 de janeiro de 2019, a 3ª edição do Encontro Saberes e Práticas da Caatinga: Raizeiro(a)s, Benzedeiro(a)s e parteiras, na Chapada do Araripe, Pernambuco. 
O encontro será realizado em Exu, Pernambuco. O Encontro tem como objetivo promover a troca de saberes entre os raizeiros(as), benzedeiros(as) e parteiras da região da Chapada do Araripe contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional nos processos de cuidado e cura. 
As inscrições para o evento serão realizadas até o dia 10 de dezembro de 2018. Poderão ser realizadas pessoalmente nos seguintes locais: Sindicato de Trabalhadores Rurais do Exú, ONG Caatinga - Ouricuri, Budega Cultural no Exú e ACB no Crato Ceará. 
As pessoas interessadas em realizar a inscrição online deverão preencher o formulário com seus dados pessoais e indicar posteriormente a modalidade de participação no evento, atentando-se para o valor a ser pago via depósito, na conta: Banco do Brasil; Conta: Ana Vartan Ribeiro de Alencar Ulisses; Agência: 1059-6; Conta Poupança: 12.791-4; Variação 01. 
O comprovante de depósito deverá ser enviado por email (saberesdacaatinga@gmail.com), até o dia 10 de dezembro de 2018. 
Serão ofertadas oficinas sobre Quiropraxia, Bioenergética, Argiloterapia, Shiatsu, Introdução a cosméticos naturais, Agrofloresta Sintrópica, Essências do feminino (Aromaterapia na saúde da mulher), Saponificação, Meditação, Extração de óleos, Enema, Primeiros socorros com óleos essenciais, Extração de óleos, Alimentação viva e Biocontrução. 
A Patrulha Ambiental Itinerante foi convidada e irá participar do evento com parte de sua equipe, procurando o enriquecimento nos aprendizados ali explanados, como observou-se em encontro anterior.