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domingo, 22 de novembro de 2020

Jaguatiricas são resgatadas no sertão de Pernambuco

A Patrulha Ambiental recebeu informações de que duas “onças” (Jaguatiricas - Leopardus pardalis) estavam presas dentro de um poço na comunidade de Pamonha, no município de Exu – PE.
A solicitação de ajuda partiu do secretário de Administração e Planejamento do referido Município, o Sr. Rafael Saraiva Peixoto, que nos procurou para darmos um apoio ao resgate.
Infelizmente, devido às dificuldades de locomoção da equipe da ONG (logística e financeira) não tivemos condições de atender imediatamente a ocorrência, ficando somente com a parte de orientar a melhor maneira de resgatar os animais, que fosse segura para todos. Felizmente o Secretário, com a ajuda dos moradores (o Sr. Leonard Lacerda e o proprietário do sítio o Sr. Pinô), conseguiram ter êxito no resgate. 
A Jaguatirica, (Leopardus pardalis) ocorre em uma variedade muito grande de ambientes que vão desde áreas florestadas e pluviais até formações abertas e secas como a Caatinga e Chaco. No Brasil, estes ambientes incluem vegetação costeira das restingas, as mais variadas formas de florestas tropicais e subtropicais, assim como diversas fisionomias do Cerrado e da Caatinga. 
A principal ameaça às populações de Jaguatirica no Brasil é indubitavelmente a perda e a fragmentação dos habitats naturais do qual a espécie depende. Apesar de ser encontrada em áreas agrícolas, a espécie ocorre apenas se houver algum remanescente de vegetação natural. Em menor escala, o abate de animais para controle de predação em aves domésticas, assim como atropelamentos, também pode representar ameaças, da mesma forma que a transmissão de doenças por carnívoros domésticos. 
O trabalho que a Patrulha Ambiental vem desenvolvendo na região, junto à população, tem trazido mudanças de comportamento e, atitudes como essa, de preservar a vida silvestre, tornam-se cada vez mais frequentes, tendo consciência de que existe toda uma cadeia em torno desses animais e outros que compõem o bioma Caatinga. 

Fotos: Rafael Saraiva 
Fotos: Patrulha Ambiental

terça-feira, 3 de novembro de 2020

PATRULHA AMBIENTAL PARTICIPA DE CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA 2020

Patrulha Ambiental participa de campanha de imunização de cães e gatos em ação de vacinação antirrábica em parceria com a Secretaria de saúde e Vigilância Sanitária de Araripina – PE. 
O trabalho foi desenvolvido entre os dias 01 e 02 de novembro de 2020, onde os integrantes da Patrulha Ambiental Wylla Eloy, Marquel Jacob, Leonardo Fernandes, Victor Carvalho e o patrulheiro aprendiz William Oliveira (como ajudante), vacinaram cerca de 200 animais no Sítio Samambaia e na Serra no entorno daquela localidade.
A parceria entre a Patrulha e a Vigilância Sanitária já existe a algumas campanhas, e desta vez o alinhamento veio através de entendimento do coordenador da Vigilância Sanitária Caio Henrique, a Secretária de Saúde Roberta Falcão, o analista Everaldo Paixão e o Sr Jenildo Sena e dos integrantes da Patrulha Ambiental, que entendem ser de valiosa importância a necessidade de maximizar a campanha atingindo um maior número de animais que por dificuldade de seus proprietários não comparecem na cidade ou postos de vacinação nas datas estipuladas nas campanhas. 
 
A raiva é uma doença viral e infecciosa, transmitida por mamíferos. A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se e atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. 

Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar com urgência o Posto de Saúde mais próximo. 
O tratamento profilático antirrábico também é recomendado para toda agressão por espécie silvestre (morcegos, raposa/cachorro do mato e saguis). O soro e a vacina para esse tratamento estão disponibilizados na rede do SUS, gratuitamente. A vacina antirrábica canina também é gratuita. O único meio de prevenir a ocorrência da doença em áreas urbanas é por meio da vacinação anual de cães e gatos. 

Fotos: Patrulha Ambiental

domingo, 18 de outubro de 2020

INCÊNDIOS... MAIS INCÊNDIOS...

Na tarde de sexta-feira (16/10) ocorreu um incêndio de grandes proporções no Sitio Jatobá, zona rural de Araripina – PE. 
A Patrulha Ambiental foi informada e com o apoio do agente de fiscalização da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Carlos Gutemberg, dirigiram-se até o local, onde se depararam com um enorme incêndio florestal, que teve seu início nas proximidades da empresa Lafarge, alastrando-se por quilômetros, destruindo tudo em seu caminho. 


Munidos de alguns equipamentos de combate a incêndio como bombas costais, o agente da Patrulha Ambiental - Marquel Jacob, e seu colega, dispuseram-se a combater o incêndio em apoio ao corpo de bombeiros que já se encontrava no local. 
A ação foi dificultada por ter poucos brigadistas disponíveis para apoiar os Bombeiros, e no caso de grandes incêndios é necessário mais equipes treinadas e equipamentos à disposição dos combatentes. Na ocasião, a população local foi que se prontificou, sendo decisiva para o êxito no combate ao incêndio.
O bioma Caatinga, sofre essas consequências em sua forma plena, pois, além do desmatamento que ocorre com grande frequência para abastecer fábricas e indústrias na região semiárida, o agravamento vem sempre nos meses de julho a dezembro, que é quando se intensificam as queimadas (naturais ou criminosas em sua grande maioria) com os longos períodos de estiagem, baixa umidade relativa do ar, com altas temperaturas e a cultura das conhecidas “brocas” que nada mais é que a “queima ou limpeza do solo com o fogo” para o plantio do milho, feijão e mandioca, culturas que mais se adaptam na região, além do costume da queima dos resíduos (lixo) por parte dos moradores da zona rural. 
Ocupando 11% do território brasileiro, a Caatinga também apresenta grande potencial de uso sustentável de seus recursos naturais como madeiras, forrageiras, medicinais, fibras, resinas, borrachas, ceras, oleaginosas, alimentícias, aromáticas, além de sítios arqueológicos e paisagens consideradas ideais para o ecoturismo. 
A ONG Patrulha Ambiental Itinerante vem buscando junto às autoridades regionais através de publicações em blog, redes sociais, procurando jornalistas e diretamente com representantes de associações, a implantação de Brigadas de incêndios nos municípios da região, pois, através do trabalho desses profissionais seria possível uma diminuição significativa dessas ocorrências e consequentemente a redução dos impactos causados à fauna, flora e população atingida por esses incêndios. 
Sem contar que a saúde humana é afetada diretamente por essas queimadas, devido a fumaça proveniente delas conter diversos elementos tóxicos, como foi o caso dessa queimada, que segundo moradores, duas pessoas idosas, residentes no local do referido incêndio, tiveram que ser levadas para o atendimento médico, por terem inalado bastante fumaça. 
No domingo (18/10) os agentes ambientais Jeferson Lacerda e Marquel Jacob foram até o local para realizarem um levantamento da real situação e impacto causado na localidade, e na companhia do Sr. José Mendes – morador local, realizaram o percurso do início do incêndio, encontrando cenas de devastação da fauna e flora, se deparando com restos de colmeias e de favos de mel, com abelhas mortas, aves como carcará (Caracara plancus) e urubus (Coragyps atratus) realizando suas rondas e alimentando-se do que sobrou dos animais mortos. 

O senhor Mendes informou que com a ajuda de três agricultores, conseguiram evitar um dano maior, com a ajuda de uma bomba de “pulverização” evitaram a propagação de fogo que seguia na direção de uma lavoura de milho, que se encontrava totalmente seca, sendo um combustível perfeito para propagação do incêndio. 



Posteriormente os agentes foram procurados pelo Sr. Irimarque Alves – outro morador, que os conduziram até o apiário do Sr. Valneis Luiz Filho, que é proprietário de mais de 80 colmeias no Sitio Torre Grande, que, caso o incêndio tivesse chegado ao local das colmeias (questão de centímetros) teria um prejuízo de no mínimo R$ 24.000,00. Na conversa com os agentes, os agricultores estimaram que a área queimada tem aproximadamente 350 tarefas ou 106 hectares (já que estavam no final do incêndio). 

Essa situação como a que identificamos (as centenas de metros de cercas destruídas), são prejuízos causados pelo incêndio florestal que podem ser calculados, mas, quando falamos em vidas silvestres e flora, é que não conseguimos mensurar seu valor, pois, tudo faz parte de uma cadeia, são vidas, muitas vezes esquecidas. 

A coordenação da Patrulha Ambiental se põe à disposição para demais esclarecimentos, informando que existe em toda a região do Araripe, profissionais capacitados através de curso ministrado por equipe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais - PREVFOGO que são responsáveis pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional, incluindo atividades relacionadas com campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa. 

A título de esclarecimento, o comandante do Corpo de Bombeiros de Araripina – Major Vieira de Melo, informou que foi enviado ofício para todos os municípios que compõem o 10º Grupamento de Bombeiros, solicitando reuniões com servidores das agências municipais de meio ambiente e de agricultura para discutir a problemática dos incêndios e ações que possam ser realizadas visando a redução desses incêndios na região. 

Fotos: Carlos Gutemberg 
Foto: Tadeu do Sitio Jatobá 
Fotos: Patrulha Ambiental 
Imagens: Google 
Fonte: https://www.mma.gov.br/ 
Fonte: https://www.noclimadacaatinga.org.br/ 
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil 
Fonte: www.gov.br/ibama

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

LEI SANSÃO, PUNIÇÕES SEVERAS PARA CRIMES CONTRA CÃES E GATOS.

Nessa terça-feira (29/09/2020) aconteceu a cerimônia em que o Presidente da República sancionou a Lei 14.064, Lei "SANSÃO", que agrava a pena contra quem maltratar cães e gatos.

O texto altera a lei de crimes ambientais, que prevê pena de três meses a um ano de detenção e multa para crimes contra todos os animais. O novo dispositivo prevê prisão de dois a cinco anos de detenção, multa e proibição de guarda para quem maltratar, ferir, abusar ou mutilar cães e gatos, especificamente.

A Lei foi batizada de "Lei Sansão", em homenagem a um cão que teve as patas traseiras decepadas no município de Confins, em Minas Gerais. O animal participou da cerimônia dessa terça-feira.

Agora, quem maltratar cães e gatos passa a ser punido com prisão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, a novidade do projeto.

Em relação ao crime contra Sansão, um dos homens acusados de mutilar o animal (um cão pitbull que teve as duas patas traseiras decepadas), foi autuado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O crime aconteceu no dia 06/07/20, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A multa imposta ao agressor, se soma a outras duas já aplicadas pela Polícia Militar do Meio Ambiente. Uma delas é em relação ao crime contra o Sansão, que pertence a um vizinho do suposto agressor. O valor chega a quase R$ 19 mil.


LEI Nº 14.064, DE 29 DE SETEMBRO DE 2020

Altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.

O PRESIDENT E DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato.

Art. 2º O art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar

acrescido do seguinte § 1º-A:

"Art.32. ..................................................................................................................

§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.

....................................................................................................................." (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de setembro de 2020; 199º da Independência e 132º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

André Luiz de Almeida Mendonça


Em meio à pandemia da covid-19, que manteve mais pessoas em casa, aumentaram os registros de denúncias de maus-tratos a cães e gatos, segundo relatos de organizações não-governamentais de defesa e proteção animal. De acordo com a Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA), somente em São Paulo essas denúncias de violência contra animais apresentaram aumento de 81,5% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Patrulha Ambiental apoia as ONGs “Amigos dos Bichos de Rua”, “Ampara” e “Proteção Miau”, todas com sede na cidade de Araripina – PE, lembrando que as ações da Patrulha Ambiental são voltadas para proteção, resgate e entrega de animais silvestres.

Dentre diversas ocorrências em que a Patrulha participou, podemos citar a do resgate do cão Veludo, que foi encontrado no distrito de Santa Rita - em Ouricuri – PE, com queimaduras em quase todo o corpo. Chegando ao local, a equipe tomou conhecimento de que uma pessoa (se é que podemos chamar um elemento desse de pessoa) teria jogado água quente no animal.

A Patrulha realizou o resgate, ficando o animal aos cuidados da AMPARA e sendo posteriormente adotado por pessoas dignas de terem um animal de estimação, que deram a ele todo carinho e proteção.

Outra ocorrência não diferente, foi em um distrito da zona rural de Araripina, onde um indivíduo jogou um filhote de cachorro por cima de um muro. O animal já tinha problemas de locomoção, por ter suas patas traseiras atrofiadas ou quebradas, antes do ocorrido.

Foi deslocado até o local, o agente Marquel Jacob em apoio aos também agentes da Vigilância Sanitária - Everaldo Paixão e Janildo Sena, que realizaram incursão para localizar o elemento, mas sem êxito.


Fotos: Patrulha Ambiental

Imagens: Google

Fonte: https://www.gov.br/

Fonte: https://tribunadejundiai.com.br/

Fonte: https://g1.globo.com/

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Dia da Árvore... está faltando respeito e responsabilidade.

O Dia da Árvore é comemorado no Brasil em 21 de setembro e tem como objetivo principal a conscientização sobre a preservação desse bem tão valioso. A data, que é diferente em outras partes do mundo, foi escolhida em razão do início da primavera, que começa no dia 23 de setembro no hemisfério Sul.

A Patrulha Ambiental vem cumprindo com sua missão, que é de “Cooperar como organismo de informação para o conhecimento da biodiversidade do Bioma Caatinga, na proteção e recuperação, no desenvolvimento de projetos de tecnologias e da educação ambiental para a conservação e sustentabilidade do Meio Ambiente ".

Em sua missão, desenvolve ações de educação ambiental e conservação da flora, através da produção de mudas de espécies do bioma Caatinga e de algumas espécies exóticas e frutíferas para doação à população da região. Bem como contribui com a preservação da fauna do nosso bioma, realizando resgates e solturas de animais silvestres em situação de risco.



Na ocasião da data, a Patrulha Ambiental participou de um evento no Lions Clube de Araripina – PE, (evento ligado ao projeto TAMPET’s) onde foram plantadas algumas mudas de árvores na sede do Lions, com a presença de membros da instituição, parceiros como a Patrulha Ambiental, AMPARA, e a Agência de Meio Ambiente do município.


O projeto TAMPET’S, tem como objetivo a coleta de tampinhas de garrafas de plástico e lacres de latinhas de alumínio em pontos do comércio da cidade, para posteriormente serem enviados para reciclagem, onde a renda apurada é revertida na compra de ração para animais que vivem em situação de risco.

Voltando ao Dia da Árvore - 21 de setembro (que deveria ser nos 365 dias do ano) deve ser visto como um dia de reflexão sobre nossas atitudes em relação a essa importante riqueza natural. Esse dia é muito mais do que um ato simbólico de plantar uma árvore e deve ser encarado como um momento de mudança de postura e conscientização de que nossos atos afetam as gerações futuras. É importante também haver conscientização a respeito da importância da conservação, bem como da necessidade de criação de políticas públicas que combatam a exploração ilegal de árvores.

Em virtude da grande quantidade de utilizações e da expansão urbana, as árvores são constantemente exterminadas, o que resulta em grandes áreas desmatadas. O desmatamento afeta diretamente a vida de toda a população, que passa a enfrentar erosões, assoreamento de rios, redução do regime de chuvas e da umidade relativa do ar, desertificação e perda de biodiversidade.

Não podendo esquecer as constantes queimadas acidentais ou criminosas que frequentemente afetam o bioma, não dando, muitas vezes aos animais silvestres e domesticados a chance de fuga, sendo queimados na maioria das vezes, por serem filhotes, locomoção lenta ou não terem o discernimento para sua proteção. Triste situação que passa alguns Estados da região Centro Norte e o Nordeste, que entre os meses de agosto até novembro fervem com as queimadas.


O número de incêndios florestais no Brasil cresceu 48,8% de 2018 para 2019, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas cresceram em todos os seis biomas. A caatinga registrou um crescimento de 32%. Em 2018 foram 11.347 pontos de fogo no Nordeste brasileiro, já em 2019, o total subiu para 14.960. Em outubro, o mês mais grave, foram 4.716 focos de queimadas.




Fotos: Patrulha Ambiental

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/

Fonte: https://www.noclimadacaatinga.org.br/