As
abelhas silvestres, as mariposas e muitas outras espécies polinizadoras das
plantas estão a caminho da extinção, alertam os cientistas, o que poderia dar
lugar a enormes problemas de abastecimento de alimentos no mundo, informa a
rede CBC News, citando um relatório científico elaborado pela ONU.
Os
autores do estudo afirmam que cerca de 20.000 espécies de polinizadores
desempenham um papel chave no abastecimento de frutas, verduras, café e cacau
para a humanidade. A maior preocupação dos cientistas é a situação dos
invertebrados como as mariposas e as abelhas. “Estamos em um período de
declínio, e as consequências só vão piorar“, afirma o diretor do Centro de
Pesquisa Agroambiental da Universidade de Reading (Reino Unido), Simon Potts.
O
principal problema, dizem os pesquisadores, é que é impossível indicar
claramente a razão que provoca a diminuição das populações destas espécies
polinizadoras. Entre os fatores negativos que afeta sua sobrevivência, os
cientistas mencionam a redução das áreas dos prados naturais de flores
silvestres, o uso de pesticidas na agricultura, a perda de habitats dos animais
devido o crescimento urbano e as doenças, parasitas e patógenos.
Os
autores do estudo advertem que, se a humanidade não quer morrer antes de 2050,
a conservação das populações de polinizadores deve ser um dos principais
objetivos de sua agenda.
Mortalidade
massiva de abelhas pelo mundo
Além
disso, recentes pesquisas concluem que a propagação de uma doença que está
dizimando a população mundial destes insetos se deve às mãos do homem.
Um
estudo dirigido pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e pela Universidade
de Berkeley (Estados Unidos) revela que a abelha europeia “Apis mellifera” é a
principal responsável pela presença do denominado vírus das asas deformadas aos
milhões das colmeias do mundo. Esta pandemia, a qual causou a morte de milhões
de abelhas nas últimas décadas, é consequência da ação do ser humano, que
comercializa estes insetos e os utiliza para polinizar cultivos, segundo
informa o site do centro educativo britânico.
Os
pesquisadores argumentam que a propagação dessa doença se tornou muito mais
perigosa combinada com a ação do ácaro varroa, um organismo que se alimenta das
larvas destes insetos e transmite este mal.
Os autores do estudo, que se concentraram na sequência molecular do vírus e dos ácaros em 32 locais de 17 países, indicam que é necessário limitar de forma “estrita o movimento das abelhas – embora não saiba se elas estão infectadas pelo ácaro – e que os apicultores tomem medidas para controlar a existência deste parasita em suas colmeias, uma vez que eles podem afetar os polinizadores selvagens”.
Os autores do estudo, que se concentraram na sequência molecular do vírus e dos ácaros em 32 locais de 17 países, indicam que é necessário limitar de forma “estrita o movimento das abelhas – embora não saiba se elas estão infectadas pelo ácaro – e que os apicultores tomem medidas para controlar a existência deste parasita em suas colmeias, uma vez que eles podem afetar os polinizadores selvagens”.
“A
ideia chave de nosso trabalho é que a pandemia mundial de vírus nas abelhas não
é natural, mas sim provocada pelo homem. Por isso, controlá-la está em nossas
mãos”, diz o professor Mike Boots, ligado às universidades de Exeter e
Berkeley.
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