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sexta-feira, 29 de maio de 2020

Patrulha Ambiental realiza resgates de animais silvestres no mês de maio.

Como é comum para o sertanejo, o mês de maio é conhecido como o mês das cobras (cultura popular), entretanto esse fato se confirmou, pois, a equipe da Patrulha foi acionada por diversas vezes para intervir em casos envolvendo cobras e outros animais silvestres na região.
Um dos chamados foi para resgatar uma cobra coral, e quando chegamos ao local identificamos (após contato com biólogos) como Coral Verdadeira (Micrurus lemniscatus),
A cobra coral é a mais venenosa do Brasil. É da mesma família das Najas e Mambas (Elapidae), e possui um veneno neurotóxico muito potente. A cobra coral é de difícil identificação e se classifica como ‘verdadeira’ e ‘falsa’. Não é simples diferenciar a espécie verdadeira da falsa. A maneira mais segura é através da dentição. 
Somente uma pessoa experiente consegue diferenciar as duas espécies simplesmente olhando. Mesmo assim, algumas podem apresentar anomalias e nascer completamente vermelha, ou até mesmo albina (branco) ou melânico (preto). É venenosa. 
Alimenta-se de outras cobras (menos a Cascavel), e peixes. Reprodução Ovípara coloca entre 16 e 20 ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa. 
A soltura da cobra coral foi realizada pelo patrulheiro Marquel Jacob e o ambientalista Ricardo do Casebre, como é conhecido. 
Na mesma semana fomos chamados para resgatar uma cobra corredeira ou corre-campo (Philodryas nattereri), é uma das mais comuns na Caatinga brasileira e em outras regiões semiáridas. Se você já andou pelo sertão e viu uma cobra amarronzada ou cinzenta veloz atravessando a estrada durante o dia, é bem provável que tenha sido uma corredeira. 
Por muitos anos esta espécie foi considerada como de hábito terrícola, mas evidências recentes mostram que também são capazes de utilizar ambientes arbóreos com muita eficiência. É uma espécie de hábito diurno, caçando variados tipos de presas como pássaros, mamíferos, lagartos, anfíbios, ovos de lagartos e até outras serpentes! Ao anoitecer elas se recolhem para repousar. 
Esta espécie pode ser encontrada ao longo de todo o ano e sua temporada reprodutiva é praticamente contínua com as fêmeas depositando de 4 a 21 ovos por ninhada. 
Já essa soltura da Cobra Corredeira foi realizada pelo patrulheiro Marquel Jacob com a colaboração do aprendiz da Patrulha Ambiental Willian Oliveira, jovem que passa por um curso básico de monitoramento de fauna e educação ambiental. 
Aconteceram outros chamados para realização de resgate e orientação ambiental nesse período. 
A Patrulha Ambiental orienta que em casos de avistamento de animais silvestres, procure entrar em contato com alguma instituição que esteja apta a realizar o resgate com segurança. 
Parte da equipe da Patrulha Ambiental já participou do treinamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS Tangara – CPRH – Recife -PE) onde foram ensinadas técnicas de manejo e contenção de animais silvestres, trazendo assim, uma maior segurança no momento da ação. 

Fotos: Patrulha Ambiental

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Patrulha Ambiental averígua possível caso de onça na região.

Integrantes da Patrulha ambiental foram informados de um possível ataque de onça nas imediações da cidade de Araripina -PE. 
Após contato com o Biólogo Yure Valença do CETAS - Centro de Triagem de Animais Silvestres Tangara – Ligado a CPRH (Agencia Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco), o mesmo nos informou ser muito difícil acontecer casos de ataques destes felinos a seres humanos. 
Mesmo com essa informação, foi designada uma equipe da Patrulha Ambiental que se deslocou até a localidade conhecida como Boca da Mata (área de difícil acesso) para colher mais informações e, após sondagem com moradores locais, foi descartada a veracidade da ocorrência. 
Na ocasião foi feito contato com a possível vítima do ataque, que foi enfático em informar o não acontecimento de tal fato. 

PARA REFLEXÃO... 
“Se o sertanejo é, antes de tudo, um forte, como escreveu Euclides da Cunha, o que dizer de onças-pintadas, suçuaranas, jaguatiricas e outros felinos que resistem na Caatinga? Cercados, sujeitos à caça e, principalmente, a concorrência desleal do homem por suas presas, felinos vivem sob ameaça nesse ambiente, associado ao clima semiárido do nordeste brasileiro”. 


Fotos: Patrulha Ambiental
Imagem: Google