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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Patrulha Ambiental Itinerante encaminha ao CETAS Tangara - CPRH animais entregues pela população.

A Patrulha Ambiental entregou animais silvestres ao Biólogo Yuri Marinho Valença, da Diretoria de Recursos Florestais e Biodiversidade (DFRB) lotado no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (CETAS - Tangará) subordinado à Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco - CPRH. 
Na ocasião foram entregues pela população, 02 Guinguirras, (Eupsittula cactorum) como é conhecida e 06 Pacus ou Tuím (Forpus xanthopterygius). 
O Periquito da Caatinga, cujo nome científico é (Eupsittula cactorum) que significa “Periquito bom que gosta de cactus”. O Periquito da Caatinga é também conhecido popularmente como curiquinha, periquitinha, jandaia, gangarra, griguilim, guinquirra, grengueu, papagainho e periquitão. Ele habita principalmente a região do Nordeste Brasileiro, mas também podem viver em áreas como Minas Gerais, e até Goiás. É encontrado no cerrado e nas caatingas. 
A alimentação preferida dessa espécie é o milho verde das plantações domésticas. Com um bico apropriado, essa ave rasga a palha da espiga do milho ainda no caule, e come parcialmente os grãos do milho verde. Esse é seu alimento preferido para criar sua prole. Por causa desse hábito, a ave é muito perseguida por caçadores, sendo abatidas sob o pretexto de que elas são "danosas" à plantação de milho. As frutas regionais do sertão nordestino, como 


O Pacu ou tuim, (Forpus xanthopterygius) também chamado popularmente de cuiúba, chuim, periquitinho ou papacu (Ceará), periquitinho-de-são-josé (norte da Bahia), periquitinha-do-agreste (Sul do Piauí), papacu, tuí, periquito-da-quaresma e periquito-do-reino. 
É a menor ave da família dos papagaios e periquitos no Brasil, com o corpo todo verde, um pouco mais escuro nas costas mede 12 centímetros de comprimento e pesa em média 26 gramas. 
Mas tamanho não é documento. Se os outros parentes soubessem que essa ave tem quase 10 vezes mais papilas gustativas, não hesitariam em trocar altura por sabor. A espécie é capaz de sentir o azedo, o amargo e até preferir sabores doces. Diante da imagem de um simples periquitinho verde, a figura de uma das espécies mais inteligentes e curiosas que existem. 
Carrega consigo, então, o valor de ser membro da família de aves mais inteligentes do mundo. Além disso, sempre pernoita em bandos e nidifica formando famílias de sete filhotes, em sua maioria. 
Mantém os traços familiares no hábito de gostarem de tomar banho e, às vezes, se pendurarem de cabeça para baixo nessa hora da limpeza. Mantém também o romantismo da família de se acasalarem sempre com o mesmo parceiro. Estabelecendo casais unidos por toda a vida. 
A equipe da Patrulha Ambiental vem desenvolvendo campanhas de conscientização com a população da região do Araripe no que diz respeito ao aprisionamento de animais silvestres. Sendo que esse trabalho vem trazendo resultados positivos, pois, através de palestras e conversas relacionadas ao assunto conseguiu-se recolher vários pássaros e animais que estavam sendo mantidos em cativeiro. 
As campanhas e ações são realizadas constantemente para o incentivo da entrega voluntária de animais silvestres. A iniciativa é da Patrulha Ambiental Itinerante, que orienta sobre a entrega voluntária de animais silvestres. As pessoas que criam esses animais em cativeiro de forma irregular podem procurar um integrante da Patrulha Ambiental, entregar ou agendar o recolhimento. Quem realiza a entrega voluntária não sofre nenhum tipo de responsabilidade penal. 
Alertamos que aprisionar animal silvestre é crime, baseado na lei 9.605/98 que trata dos Crimes contra a Fauna. 

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. 
Adianta-se que a multa pelo aprisionamento desses animais segundo o decreto 6.514/2008, são as seguintes: 
I - R$ 500,00 (quinhentos reais) por indivíduo de espécie não constante de listas oficiais de risco ou ameaça de extinção; 
II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por indivíduo de espécie constante de listas oficiais de fauna brasileira ameaçada de extinção constante ou não da Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES.

Após passarem alguns dias sob a responsabilidade da ONG Patrulha Ambiental, foram encaminhados ao órgão ambiental habilitado no Estado de Pernambuco que é Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas - Tangará) subordinado à Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH. 
Nesse período os animais foram alimentados e cuidados pelos agentes da Patrulha Ambiental e entregues ao biólogo Yuri Valença - do CETAS Tangará. 
Portanto, fica sempre o alerta para os caçadores e pessoas que comercializam animais silvestres: 
O comércio de animais silvestres é ilegal, e é crime! 
As autoridades (Polícia Civil e Polícia Militar) estão se voltando para este eixo de crimes ambientais, aprofundando as investigações e na maioria das vezes, tendo sucesso em suas abordagens trazendo proteção para a fauna da região. 

Fotos: Patrulha Ambiental
Imagem: Google

domingo, 14 de junho de 2020

Patrulha Ambiental resgata Gato Macambira na cidade de Simões – PI.

Integrantes da Patrulha Ambiental receberam um chamado dos colaboradores Hugo Junior e a Patrulheira Eunice Morais, residentes na cidade de Simões – PI, informando que populares teriam encontrado as margens da PI - 142 um Gato Macambira ( Leopardus emiliae), de imediato procuramos apoio logístico de empresas da iniciativa privada e o empresário o Sr. Ancelmo Furtado, coordenador do Polo da Faculdade Cruzeiro do Sul na cidade de Araripina – PE, colaborou para que o resgate desse animal silvestre, tivesse êxito. 

Se deslocaram até a cidade de Simões, os agentes ambientais Jeferson Lacerda, Jennifer Winne e Marquel Jacob, e com os equipamentos adequados e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) recomendados, em fase da pandemia do Covid-19, realizaram o resgate do felino. 
Após a ação desenvolvida, o Gato foi levado ao atendimento veterinário e ficando aos cuidados da Patrulha Ambiental, onde foi alimentado até a chegada da equipe do CPRH que conduzirá o animal para Centro de triagem de Animais Silvestres CETAS Tangara no Recife – PE. 
A caça para o comércio de peles e a destruição das florestas são as principais causas de ameaça para essa espécie. Populações estão seriamente fragmentadas, sendo severamente reduzidas pela conversão do habitat natural para plantações e pastagens (de Oliveira et al. 2008). Além disso, o pequeno conhecimento sobre a biologia desta espécie, limita a possibilidade da atuação em estratégias de conservação eficientes. É classificado pela IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza) como espécie vulnerável e pelo IBAMA, como ameaçado de extinção. 
O Gato macambira é segundo menor gato silvestre da América do Sul, com tamanho semelhante ao de um gato doméstico. A pelagem tem a coloração básica que varia do amarelo pálido para o levemente ocre, com rosetas pequenas e incompletas. O melanismo é comum na espécie. O gato-macambira tem uma estrutura corpórea leve, aparentando frequentemente ter o corpo, as pernas e a cauda delgados. A pelagem mais pálida na barriga é coberta com pintas escuras. As orelhas são pretas na porção posterior, com uma mancha central branca. A cauda equivale a 60% do comprimento da cabeça e corpo. Os pelos são todos voltados para trás, inclusive os da cabeça e nuca. 
A Patrulha Ambiental registrou um aumento no resgate e ou captura de animais silvestres nos últimos meses, tendo como fatores principais o ciclo reprodutivo de algumas espécies, desmatamentos, construções e o período de chuvas em que há o aumento do volume de água nos riachos, barragens e açudes, forçando os animais silvestres a procurarem novos abrigos. 
Parte da equipe da Patrulha Ambiental já participou do treinamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS Tangara – CPRH – Recife -PE) onde foram ensinadas técnicas de manejo e contenção de animais silvestres, trazendo assim, uma maior segurança no momento da ação. 

Fonte: Livro: Mamíferos do Nordeste – Marco A. Freitas 
Fotos: Patrulha Ambiental

domingo, 7 de junho de 2020

Dia mundial do meio ambiente é vivenciado pela Patrulha Ambiental, com ações.

Na Semana do Meio Ambiente a Patrulha Ambiental desenvolveu várias ações de preservação, doação e educação ambiental na região onde desenvolve seus trabalhos.
A primeira atividade foi entregar o Gato Macambira (Leopardus emiliae) resgatado na cidade de Simões – PI, à equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS – TANGARA, órgão da Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco.
Estima-se que nos próximos 15 anos, ou três gerações, ocorrerá um declínio de pelo menos 10% dessa população, (pesquisa realizada em 2013) principalmente pela perda e fragmentação de habitat causado pela expansão agrícola. 
Há conectividade com as populações dos países vizinhos, mas não existem informações sobre a dinâmica fonte-sumidouro. Portanto, a espécie foi categorizada como vulnerável (VU) C1.
Outra atividade foi o resgate de 06 (seis) pacus (Forpus xanthopterygius), também conhecido como tuim, cuiúba, chuim, periquitinho. O menor psitacídeo do Brasil, foram resgatados no distrito de Gergelim – Araripina – PE, onde segundo o informante, a árvore onde se encontrava o cupim, que servia de ninho foi derrubada.


E no Dia Mundial do Meio Ambiente, que é comemorado no dia 5 de junho, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Patrulha Ambiental se deslocou até a comunidade do Sitio Samambaia – Araripina – PE, e realizou a distribuição de 150 mudas de plantas nativas e frutíferas, Oiti (Licania tomentosa), Barriguda (Cavanillesia arborea), Cedro (Cedrus) e Jaca (Artocarpus heterophyllus). 


Essa ação teve a ajuda do empresário Anderson da empresa AGROTOP que contribuiu com o combustível para o recolhimento das mudas no viveiro e deslocamento até a comunidade.
Atualmente existe uma grande preocupação em torno do meio ambiente e dos impactos negativos da ação do homem sobre ele. A destruição constante de habitat e a poluição de grandes áreas, por exemplo, são alguns dos pontos que exercem maior influência na sobrevivência de diversas espécies.
Tendo em vista o acentuado crescimento dos problemas ambientais, muitos pontos merecem ser revistos tanto pelos governantes quanto pela população para que os impactos sejam diminuídos. Se nada for feito, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante de biodiversidade poderão alterar consideravelmente o modo como vivemos atualmente, comprometendo, inclusive, nossa sobrevivência.

Dentre os principais problemas que afetam o meio ambiente, podemos destacar o descarte inadequado de lixo, a falta de coleta seletiva e de projetos de reciclagem, consumo exagerado de recursos naturais, desmatamento, inserção de espécies exóticas, uso de combustíveis fósseis, desperdício de água e esgotamento do solo. Esses problemas e outros poderiam ser evitados se os governantes e a população se conscientizassem da importância do uso correto e moderado dos nossos recursos naturais.

Em razão da importância da conscientização e da dimensão do impacto gerado pelo homem, o Dia Mundial do Meio Ambiente é uma data que merece bastante destaque no calendário mundial. Entretanto, não basta apenas plantar uma árvore ou separar o lixo nesse dia, é necessário que sejam feitas campanhas de grande impacto que mostrem a necessidade de mudanças imediatas nos nossos hábitos de vida diários.

Apesar de muitos acreditarem que a mudança deve acontecer em escala mundial e que apenas uma pessoa não consegue mudar o mundo, é fundamental que cada um faça a sua parte e que toda a sociedade reivindique o cumprimento das leis ambientais. Todos devemos assumir uma postura de responsabilidade ambiental, pois só assim conseguiremos mudar o quadro atual.



Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google