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domingo, 25 de setembro de 2016

Grupo Patrulha Ambiental visita local onde estava programado a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto de Araripina (ETE)

Equipe da Patrulha Ambiental esteve nas proximidades da cidade de Araripina - PE, analisando o andamento do projeto de instalação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) e sua importância para a cidade e sua população. O que muitas pessoas desconhecem é o valor ($ para os cidadãos e gestão pública) de uma rede de tratamento de esgotos e, a falta de conhecimento do assunto é o maior motivo para a não cobrança, aos Órgãos Públicos, de investimentos na implantação dessas estações.
Toda vez que colocamos o dedo e apertamos para que aconteça a descarga do vaso sanitário, ou quando lava-se a louça, esses dejetos vão para algum lugar através de tubulações especialmente desenhadas para isso.

Segundo estudos realizados pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, a falta de tratamento dos esgotos e condições adequadas de saneamento podem contribuir para a proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação do corpo da água. A disposição adequada dos esgotos é essencial para a proteção da saúde pública. Aproximadamente, cinquenta tipos de infecções podem ser transmitidas de uma pessoa doente para uma sadia por diferentes caminhos, envolvendo os excretas humanos. Os esgotos, ou excretas, podem contaminar a água, o alimento, os utensílios domésticos, as mãos, o solo ou ser transportados por moscas, baratas, roedores, provocando novas infecções.
Todos esses riscos estão presentes no nosso dia a dia. Eis então a importância do saneamento nas nossas vidas.
Local das instalações da ETE - Araripina
De acordo com o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE, 1989/1990) no Brasil, estima-se que 60% das internações hospitalares estejam relacionadas às deficiências do saneamento básico, que geram outras consequências de impacto extremamente negativo na qualidade e na expectativa da vida da população, havendo estudos que indicam que cerca de 90% dessas doenças se devem à ausência de água em quantidade satisfatória ou à sua qualidade imprópria para o consumo. Em muitas localidades brasileiras, tem sido comum a distribuição de água que não atende ao padrão de portabilidade vigente no país. Além de problemas operacionais, a escolha inadequada da tecnologia adotada no projeto da estação de tratamento de água acarreta sérios prejuízos à qualidade da água produzida.
 
Embora seja indispensável ao organismo humano, a água pode conter determinadas substâncias, elementos químicos e micro-organismos que devem ser eliminados ou reduzidos a concentrações que não sejam prejudiciais à saúde humana. A industrialização e o aumento populacional dos centros urbanos têm intensificado a contaminação dos mananciais, tornando indispensável o tratamento da água destinada ao consumo humano. Apesar de os mananciais superficiais estarem mais sujeitos à poluição e contaminação decorrentes de atividades antrópicas, também tem sido observada a deterioração da qualidade das águas subterrâneas, o que acarreta sérios problemas de saúde pública em localidades que carecem do tratamento e de sistema de distribuição de água adequado. Grande parte das doenças que se alastram nos países em desenvolvimento é proveniente da água de qualidade insatisfatória. 

As doenças de transmissão hídricas mais comuns são: as febres tifoide e paratifoide, disenterias bacilar e amebiana, cólera, esquistossomíase, hepatite infecciosa, giardíase e criptosporidiose. Outras doenças, denominadas de origem hídrica, incluem as cáries dentárias (falta de flúor), excesso de flúor (fluorose) saturnismo (decorrente do chumbo) e metahemoglobinemia (teor elevado de nitratos). Além desses males, os danos à saúde humana podem decorrer da presença de substâncias tóxicas na água.
Canal de São Pedro - Araripina
A maioria das doenças transmitidas pela água são causadas por micro-organismos presentes em reservatórios de água doce, habitualmente após contaminação dos mesmos por fezes humanas ou de animais. A transmissão do agente infeccioso através da água pode ocorrer pelo contato com a pele durante o banho, pela ingestão ou pela aspiração de germes presentes na água.
Açude de Lagoa do Barro - Araripina
Outra importante razão para tratar os esgotos é a preservação do meio ambiente. As substâncias presentes nos esgotos exercem ação deletéria (Nocivo à saúde; venenoso; insalubre) nos corpos de água: a matéria orgânica pode causar a diminuição da concentração de oxigênio dissolvido provocando a morte de peixes e outros organismos aquáticos, escurecimento da água e exalação de odores desagradáveis; é possível que os detergentes presentes nos esgotos provoquem a formação de espumas em locais de maior turbulência da massa líquida; defensivos agrícolas determinam a morte de peixes e outros animais. Há, ainda a possibilidade de eutrofização pela presença de nutrientes, provocando o crescimento acelerado de algas que conferem odor, gosto e biotoxinas à água (CETESB, 1988).
A questão do tratamento de esgoto deve ser apontada como uma das prioritárias pela população, pois a partir das reivindicações, mostrando dados concretos, o gestor pode elaborar um plano de ação para solucionar os problemas já citados.
Local das instalações da ETE - Araripina

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