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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Patrulha Ambiental é acionada para averiguar mortes de cachorros (imagens fortes).


O grupo Patrulha Ambiental foi acionado para fazer uma averiguação de mortes de cachorros nas imediações do sítio Ponta da Serra, no caminho de Gergelim, distrito de Araripina – PE. Ao chegarem ao local, os patrulheiros Rafael Araújo, Laísa Delmondes e Marquel Jacob, iniciaram uma andança à procura de vestígios que comprovassem a denúncia. Ao aproximarem-se de um abrigo para passageiros constataram a veracidade dos fatos ao encontrarem 06 carcaças de cachorros. 
 
Matar cachorro – ou qualquer outro animal – é crime, sim. Não importa se o animal é doméstico, domesticado, silvestre, nativo ou exótico. O que trata disso é o Artigo 29 da Lei 9.605/98 que relata o seguinte: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: A lei prevê detenção de três meses a um ano, além de multa, para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar” qualquer tipo de animal.
O que se observa é a falta de responsabilidade de certos proprietários dos animais que os deixam soltos, vindo os mesmos a causar prejuízos a proprietários de criações, lembrando que tal acontecimento não lhes dão o direito de matar os animais, podendo o acusado responder a processo criminal.  
A transformação do cão doméstico em selvagem é obra daquele que se autoproclamou o seu melhor amigo, o ser humano. Matilhas de cães domésticos caçadores são um fenômeno que ocorre em outras partes do mundo, e mais um sinal de desequilíbrio do Antropoceno, a era dos homens.
O problema é gravíssimo e ignorado. O cão é um hiperpredador porque tem uma população muito maior do que aquela que o meio ambiente pode suportar. Ele mata não apenas para se alimentar, mas por instinto. As vezes mata e não come. Na Ilha Grande (Rio de Janeiro) foram vistos cães de coleira matar um tatu e não comer. A natureza não suporta uma pressão desse tipo. A culpa, claro, não é dos cachorros, mas de seus donos — afirma a professora do Departamento de Ecologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Helena Bergallo.
Alguns animais considerados exóticos podem, sim, ser abatidos para consumo – desde que sejam criados em cativeiro. Nessa lista entram, por exemplo, coelho, javali, paca, capivara, avestruz, perdiz, tartaruga, jacaré e até cavalo. Matar barata, ratos e afins não é crime – eles são considerados pragas e não entram na classificação de animais nativos, exóticos, silvestres ou domesticados.
A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados.
Mahatma Gandhi

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