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quinta-feira, 13 de junho de 2019

ONGs criticam plano de Bolsonaro de reduzir florestas; para ex-ministro, é preciso resolver conflito.

Parque Nacional de Bocaina

Governo pretende reduzir mais de 60 unidades de conservação ambiental do País que têm estradas federais, ferrovias, portos e aeroportos dentro de seus limites. 
Estação Ecológica de Muricí

BRASÍLIA - Organizações socioambientais brasileiras e internacionais reagiram nesta quarta-feira, 12, à decisão do governo Jair Bolsonaro de reduzir mais de 60 unidades de conservação que têm estradas federais, ferrovias, portos e aeroportos dentro de seus limites, de acordo com avaliação do próprio governo. 
Parque Nacional Pico da Neblina

Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo Estado revela que o governo trabalha na elaboração de um projeto de lei para eliminar "interferências" com estruturas existentes e dar "segurança jurídica" para os empreendimentos - sejam estes públicos ou concedidos à iniciativa privada. A medida é defendida por entidade de concessionárias de rodovias. 
Parque Nacional Chapada Diamantina

"O formato de pacote de reduções de parques explicita o desprezo por critérios técnicos e científicos de proteção da natureza para sujeitar essas áreas à ocupação desordenada e a atividades econômicas predatórias", disse Márcio Santilli, sócio fundador do Instituto Socioambiental (ISA). 
Parque Nacional de Amazônia

Documento obtido pela reportagem revela que, segundo o Ministério da Infraestrutura, "existem 54 unidades de conservação interceptadas por rodovias e ferrovias", além de outras "37 rodovias e ferrovias que margeiam unidades". 
Parque Nacional de Itatiaia

O ofício relata que identificou oito aeroportos de pequeno porte em situação de conflito com sete áreas protegidas, além de oito sobreposições de portos públicos e privados. "É preciso que haja a desafetação ou a redução dos limites dessas unidades", complementa o texto da pasta, lembrando que tais mudanças só podem ocorrer por meio de lei específica. 
Parque Nacional Sete Cidades

O plano original do presidente Jair Bolsonaro era fazer as alterações de perímetros e categorias das 334 unidades de conservação do País por meio de decreto presidencial, mas foi informado que essas mudanças só são possíveis por meio de projeto de lei, ou seja, o governo tem que enviar uma proposta ao Congresso Nacional. 
Parque Nacional do Iguaçu

Para o ex-ministro dos Transportes e atual presidente-executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Cesar Borges, há situações de conflito que precisam de solução no setor. "É preciso reconhecer que, realmente, há problemas com o meio ambiente, entraves burocráticos que custam tempo e estudos. Muitas vezes temos, por exemplo, que fazer a duplicação de uma pista simples da estrada, que já tem sua faixa de domínio. Mas você vai descobrir que precisa fazer um relatório de impacto ambiental que leva mais de um ano. Não se pode ver essa questão com extremos." 
Parque Nacional Serra da capivara

Por outro lado, o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini, disse que o plano deve enfrentar resistência no Congresso. "A proposta é absurda, assim com é falso o argumento de que buscam soluções equilibradas para o problema que seja. Neste governo, o meio ambiente é tratado como empecilho, e tudo o que fazem na área ambiental é destrutivo. Trabalharemos sem descanso para que tais propostas não sejam aprovadas", disse. 
Parque Nacional Serra dos Órgãos

Entre as unidades previstas para terem a área reduzida pelo governo estão florestas como os parques nacionais Serra da Bocaina (SP), Serra dos Órgãos (RJ) e Mapinguari (RO), além das reservas biológicas de Poço das Antas (RJ), Tinguá (RJ) e Sooretama (ES). Analistas ambientais que atuam nas unidades temem que os recortes nas áreas possam prejudicar a proteção ambiental, ao fragmentar as florestas. Ao todo são 67 unidades que podem ser afetadas. Confira a lista. 
Parque Nacional Serra da Bocaina

Para Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil, com as propostas o governo reforça a falta de compromisso com a questão ambiental. "Reduzir ou recategorizar áreas protegidas em bloco, sem uma análise específica para cada caso, é uma temeridade. Os objetivos de conservação ambiental e de desenvolvimento podem e devem ser compatibilizados. Mas não se pode aceitar que a proposta do governo considere apenas o lado da infraestrutura, sem uma análise técnica dos potenciais impactos ambientais, sob o risco de fragilizar a conservação de importantes ecossistemas. Essa proposta precisará ser rejeitada no Congresso", disse. 
Reserva Biológica das Araucárias

O Ministério da Infraestrutura afirmou que seu levantamento identificou "a sobreposição de unidades de conservação sobre rodovias, ferrovias, portos ou aeroportos preexistentes, ou seja, de empreendimentos inaugurados décadas antes da legislação ambiental". O governo afirma que é preciso fazer o "apenas um ajuste legal, o que não significa que haverá redução, na prática, da faixa que já existe". 
O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), segundo o Ministério do Meio Ambiente, vai "analisar a sobreposição das unidades de conservação e avaliar se há compatibilização com os empreendimentos de infraestrutura". 
Reserva Biológica Serra Negra

Unidades de conservação 

No mês passado, o Estado revelou que o governo vai rever todas as 334 unidades de conservação do País, com a intenção de mudar suas categorias e tamanhos, flexibilizando regras para exploração comercial e turística das áreas. 
Reserva Biológica do Rio Trombetas

Angela Kuczach, diretora executiva da Rede Pró-Unidades de Conservação, que reúne diversas organizações socioambientais, avaliou que o prejuízo com essas alterações pode ser incalculável. "O progresso a qualquer custo já foi tentado na década de 1970, com o Avança Brasil, e todos sabemos como acabou. Unidades de Conservação existem por uma razão, são o que há de mais raro, significativo e muitas vezes o que resta de um ecossistema. São o patrimônio da nossa nação", disse. 
Floresta Nacional de Três Barras

"Elas pertencem, sobretudo, às futuras gerações e são a garantia de sobrevivência da nossa espécie. Reduzir as unidades para esse 'progresso a qualquer preço' é a inversão da lógica do porquê delas existirem e, se acontecer, irá custar caro para o nosso país. O que perderemos é incalculável." 
Floresta Nacional de Tapajós

A diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Márcia Hirota, lembrou que, desde a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), nunca se viu um projeto de revisão de limites de unidades de conservação "em atacado, como se vê agora". "E isso inclui UCs muito antigas e consolidadas na Mata Atlântica, que prestam um serviço ambiental muito importante para a sociedade brasileira, como os Parques Nacionais das Serras dos Órgãos e da Bocaina, ou a Reserva Biológica de Tinguá, que protege as nascentes que abastecem a Baixada Fluminense", criticou. 
Reserva Biológica de Poços das Antas

A ONG cobrou transparência e debate com a sociedade. "O que a sociedade precisa saber é quais são esses conflitos que prejudicam a relação entre o desenvolvimento e as áreas protegidas, caso a caso, pois essa priorização à infraestrutura em detrimento a conservação ambiental não é necessária. É possível um equilíbrio, mas para isso, é necessário que sejam feitos estudos detalhados e aprofundados com base técnica e participação das comunidades locais e discutidos com a sociedade, assegurando assim a integridade dessas áreas e dos serviços que prestam ao Brasil. Pois, ao que se entende, quem perde neste ajuste é, mais uma vez, o meio ambiente e a sociedade." 
Floresta Nacional de Carajás

Fonte: André Borges, O Estado de S.Paulo 
Imagens: Google

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Pernambuco perdeu metade da caatinga, aponta estudo.

Apenas 30,3% das áreas de preservação permanente (APP) estão protegidas por floresta.
Foto: divulgação

Levantamento feito pelo Centro de Pesquisas Ambientais (Cepan) teve como objetivo identificar áreas-chave para a restauração florestal
Dos quase sete milhões de hectares de caatinga mapeados em Pernambuco, pouco mais da metade do bioma (51,06%) foi perdida para áreas de uso agropecuário - com uma grande parcela voltada a pastagens - enquanto só 46,89% do Estado ainda possui florestas de caatinga conservadas. Quando consideramos as áreas às margens de cursos hídricos que, por lei, deveriam estar ocupadas por florestas, temos um dado alarmante: Apenas 30,3% das áreas de preservação permanente (APP) estão protegidas por floresta, estando 64,43% ocupadas por atividades agropecuárias.
É o que aponta um levantamento pioneiro feito pelo Centro de Pesquisas Ambientais (Cepan) em parceria com o Laboratório de Ecologia Aplicada da UFPE, cuja intenção é identificar áreas-chave para a restauração florestal na Caatinga nos dez estados brasileiros onde o bioma está presente, entre eles, Pernambuco. A metodologia permitirá também a identificação de passivos ambientais, que são os danos gerados ao meio ambiente por proprietários de terra e que não foram controlados ao longo dos anos de suas operações.
De acordo com um dos pesquisadores do projeto pelo Cepan Joaquim Freitas, o levantamento servirá de documento norteador, por trazer um retrato geral da Caatinga no País e a estimativa de recursos necessários para a sua recuperação, assim como os ganhos ambientais decorrentes de uma restauração florestal refletem na qualidade de vida de comunidades que vivem nessas áreas.
“Por exemplo, como a alocação de florestas em áreas de recargas de aquífero pode contribuir para uma melhoria da sustentabilidade hídrica de determinada região, pelo fato de a vegetação permitir uma maior infiltração de água. Essas variáveis estão sendo verificadas no mapeamento. Estão sendo feitas também caracterizações de tipos de solo, geomorfologia, clima, precipitação, entre outros dados que irão nos dar base para seguirmos nas análises, como também estamos fazendo a secção dos dados por estado para podermos comparar os passivos (ambientais) de cada um”, afirma o estudioso. Além de Pernambuco, fazem parte desse mapeamento os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Piauí, Ceará e o norte de Minas Gerais.
Em relação aos dados compilados para Pernambuco até o momento, nos quais foram percebidos que mais da metade da caatinga no Estado perde para a agropecuária, Freitas analisa que tais informações apontam para uma maior atenção do poder público em se atentar para alternativas que protejam o pouco da caatinga que o Estado ainda tem.
“Se Pernambuco ainda possui 46,89% de áreas florestadas, isso é um indicativo de que ainda possuímos um grande capital natural a ser protegido. Um dado como esse direciona para a importância da criação de mais unidades de conservação do bioma, visando salvaguardar essa biodiversidade”, sugere. No âmbito nacional, o País tem aproximadamente 59,4% de áreas florestadas, enquanto que áreas agrícolas ocupam 37,9%. “Um retrato de que temos ainda um caminho pela frente na implementação das políticas previstas no Código Florestal para que alcancemos uma plena adequação ambiental de nossos imóveis rurais”, complementa Freitas.
Segundo o pesquisador associado do Cepan, o mapeamento é um dos passos necessários para que a União, estados e municípios implementem a Metodologia de Avaliação de Oportunidades de Restauração (Roam). Desenvolvida a partir de uma parceria entre a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) e o World Resources Institute (WRI), a Roam apoia o desenvolvimento de estratégias e programas de restauração em nível subnacional e nacional.

Fonte: Priscilla Costa, da Folha de Pernambuco em 05/11/18
Imagens:Google

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Patrulha Ambiental em parceria com a ONG CAATINGA contribuem com a festa de aniversário de Ouricuri - PE

A Patrulha Ambiental Itinerante recebeu uma solicitação do Coordenador geral da ONG Caatinga, o Sr. Paulo Pedro de Carvalho, para doar algumas mudas de plantas para a comemoração aos 116 anos de emancipação política administrativa do município de Ouricuri, a prefeitura juntamente com outras instituições, organizaram uma programação com várias atrações culturais e esportivas. A data de emancipação é no dia 14 de maio, feriado municipal.
Ouricuri é um município do estado de Pernambuco, no Brasil. Localizado no sertão pernambucano, ocupa uma área de 2 373,9 km² e representa 2,25% do Estado de Pernambuco. O município possui uma malha rodoviária privilegiada, sendo cortado pelas rodovias BR-316 e BR-122, ocupando posição central e de destaque na Região de Desenvolvimento do Araripe.
Atualmente, Ouricuri abastece pelo menos outras oito cidades da região (composta de 10 municípios) em bens e serviços, sendo sede de importantes instituições governamentais, bancárias e fiscais, e atraindo centenas de pessoas todos os dias. O município é formado pelos distritos Sede (Ouricuri), Barra de São Pedro, Santa Rita, Extrema, Cara Branca, Jacaré, Jatobá, Vidéu, Lopes e Agrovila Nova Esperança.
A Patrulha Ambiental, juntamente com a ONG Caatinga estarão levando as mudas de plantas nativas, exóticas e frutíferas para doação ao publico presente, sendo que todos os esforços desenvolvidos pelas ONGs foram para que a comunidade participe, e festeje o aniversário do município, com uma proximidade maior com a natureza.
Contamos com a presença dos munícipes para que essas ações de preservação da meio ambiente seja um ícone presente em todos os festejos e eventos regionais.

Fotos: Patrulha Ambiental

domingo, 5 de maio de 2019

Patrulha Ambiental é homenageada por empresa do seguimento de pesquisa Marcas Vitoriosas.

O prêmio MARCAS VITORIOSAS chegou a Araripina, para premiar as melhores empresas e profissionais da cidade, como: Destaque empresarial, empreendedorismo e personalidades que se destacaram em suas respectivas áreas, como foi o caso da Patrulha Ambiental Itinerante, que atua em Araripina e região (Estados do Piauí, Ceará e Pernambuco), buscando um melhor equilíbrio entre o econômico, social e ambiental.

A finalidade do projeto MARCAS VITORIOSAS, é escolher de forma democrática, ética e transparente, os melhores profissionais e as melhores empresas de cada cidade, que se destacam pela excelência no atendimento, profissionalismo e respeito aos clientes e colaboradores.
O processo de escolha dos melhores do ano acontece em duas etapas: a primeira, de indicações. Nessa fase, os votantes têm a oportunidade de indicar os nomes das empresas e profissionais que julguem merecedores não somente de participarem da votação, mas também de serem eleitos os melhores em suas respectivas áreas de atuação. 
A segunda etapa, de votação, quando os internautas se deparam com os nomes de empresas e profissionais indicados na primeira fase. 
Na solenidade realizada no último dia 04 de Maio foram entregues mais de 90 títulos aos vencedores do prêmio.
Escritório de consultoria Ambiental
WLS Consultoria Ambiental

Melhor Blog da cidade
Blog do Fredson Paiva

Melhor programa de Rádio
Rota 9.0.3 na Ronda Policial – Fredson Paiva

A Patrulha Ambiental foi homenageada pelo seu trabalho na região voltado à preservação e conservação ambiental e que tem por sua missão, trazer a educação ambiental para próximo da população e principalmente das escolas onde está o público que futuramente comandará ações destinadas à preservação da natureza.

Fonte: Marcas vitoriosas
Fotos: Patrulha Ambiental

domingo, 21 de abril de 2019

Patrulha Ambiental participa de reunião na SEAER.

A Patrulha Ambiental Itinerante foi convidada e sua equipe participou de uma reunião na Secretaria Executiva de Associativismo e Empreendedorismo Rural de Araripina (SEAER) dia 12/04. Da pauta da reunião constaram vários assuntos, dentre os quais, a apresentação da Patrulha Ambiental para os Presidentes de Associações, onde foram esclarecidos quais os trabalhos desenvolvidos pela equipe da Patrulha e como essas associações poderiam se beneficiar das atividades desenvolvidas por essa ONG. 

O convite partiu do Coordenador de Associativismo da Secretaria, Edson Luiz Timóteo de Macedo e do Presidente Francisco Idelfonso de Lima Silva, que já conhecendo o trabalho da Patrulha Ambiental, expressaram interesse em que esses trabalhos fossem estendidos e desenvolvidos nas Associações ligadas àquela Secretaria Executiva. 
Após explicações dos Patrulheiros, Marquel Jacob e Jennifer Winny, foram sabatinados pelos participantes da reunião sobre vários assuntos ligados à conservação e preservação do meio ambiente e seus recursos naturais. 

Fotos: Patrulha Ambiental 
Imagem: Google

domingo, 7 de abril de 2019

Patrulha Ambiental e NEMA fortalecem parceria com entrega de mudas

A Patrulha Ambiental recebeu a visita da equipe técnica do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental – NEMA, da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, que veio até o viveiro da Patrulha buscar as mudas referentes ao acordo firmado entre estas instituições. 
Na ocasião foram entregues as seguintes mudas: 94 Pau Ferro (Libidibia férrea), 36 Catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul), 14 Juazeiro (Ziziphus joazeiro), 71 Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), 45 Angicos (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan) e 18 Jurema Preta (Mimosa tenuiflora), todas espécies nativas para serem levadas a uma área de recuperação onde ocorre a transposição do Rio São Francisco, que é projeto que prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba. 
Portanto, é uma parceria que deixa-nos orgulhosos em participar e saber que mesmo de uma forma minúscula estamos contribuindo com a recuperação de uma área que foi impactada e que através do trabalho da equipe da Rede de Sementes do Projeto de Integração do São Francisco, NEMA e com a contribuição da Patrulha Ambiental e outros viveiristas da região, esta área estará recuperada, trazendo ao bioma Caatinga sua vegetação tradicional. 
O Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental da Universidade Federal do Vale do São Francisco NEMA/UNIVASF, foi Criada no ano de 2015, seu objetivo inicial foi atender as demandas do Programa de Conservação da Fauna e Flora, Subprograma Flora – PBA 23 do Projeto São Francisco e viabilizar a produção das mudas necessárias para implantação dos Planos de Recuperação de Área Degradada (PRADs) nas áreas definidas do Programa para Recuperação de Áreas Degradadas – PBA 09 do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional – PISF. 
Para evitar o oneroso investimento em infraestruturas de viveiros que atenderiam apenas a esta demanda e também no intuito de fomentar uma maior oferta de mudas nativas para diferentes interesses, hoje a Rede além de atuar no apoio aos esforços de compensação ambiental vinculado aos processos de licenciamento ambiental do PISF, também atua na doação de sementes para comunidade interessada e no apoio técnico aos viveiristas. 
Ao receber as sementes, os viveiristas se tornam parceiros da Rede e se comprometem a doar parte da produção para as ações do PBA 09, quando solicitado. Na parceria, o produtor fica livre para decidir o destino do excedente das mudas produzidas, por exemplo, comercialização, plantio para adequação ambiental de propriedade rural, arborização, paisagismo, recuperação de áreas degradadas, doação, entre outros. Dessa forma, a Rede garante o suprimento das mudas e sementes necessárias para implantação dos PRADs e fomenta pequenas ações ligadas à manutenção da cobertura vegetal nos municípios do entorno dos canais do PISF, oferecendo aos habitantes da região uma nova alternativa para geração de renda agregada à conservação da biodiversidade. 
Todas as sementes coletadas em campo são enviadas ao NEMA/UNIVASF para realização de beneficiamento, caracterização, armazenamento e destinação final dos lotes de sementes. Ao chegarem no NEMA/UNIVASF as sementes são triadas e limpas. Em seguida são levadas ao Laboratório de Ecologia, onde são realizadas análises para caracterização do lote, que envolve o teor de umidade, germinabilidade, tratamento pré-germinativo e peso de mil sementes. Após realizada a caracterização, os lotes de sementes são fechados e armazenados em câmara fria a temperatura média de 7 °C até serem demandados para doação. 
A parceria entre a Patrulha Ambiental e o NEMA já existe desde 2014, onde foi realizado treinamento da equipe da Patrulha, posteriormente, entregue as sementes e iniciando o processo de produção de mudas, que em sua grande maioria, foi destinado a doação para a população de Araripina e região onde realiza-se palestras, seminários e eventos ligados as causas ambientais. 

Fotos: NEMA
Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google