domingo, 26 de junho de 2016

Pesquisadores Afirmam que Assim que as Abelhas se Extinguirem, a Humanidade Será a Próxima!


As abelhas silvestres, as mariposas e muitas outras espécies polinizadoras das plantas estão a caminho da extinção, alertam os cientistas, o que poderia dar lugar a enormes problemas de abastecimento de alimentos no mundo, informa a rede CBC News, citando um relatório científico elaborado pela ONU.

Os autores do estudo afirmam que cerca de 20.000 espécies de polinizadores desempenham um papel chave no abastecimento de frutas, verduras, café e cacau para a humanidade. A maior preocupação dos cientistas é a situação dos invertebrados como as mariposas e as abelhas. “Estamos em um período de declínio, e as consequências só vão piorar“, afirma o diretor do Centro de Pesquisa Agroambiental da Universidade de Reading (Reino Unido), Simon Potts.
O principal problema, dizem os pesquisadores, é que é impossível indicar claramente a razão que provoca a diminuição das populações destas espécies polinizadoras. Entre os fatores negativos que afeta sua sobrevivência, os cientistas mencionam a redução das áreas dos prados naturais de flores silvestres, o uso de pesticidas na agricultura, a perda de habitats dos animais devido o crescimento urbano e as doenças, parasitas e patógenos.
Os autores do estudo advertem que, se a humanidade não quer morrer antes de 2050, a conservação das populações de polinizadores deve ser um dos principais objetivos de sua agenda.

Mortalidade massiva de abelhas pelo mundo
Além disso, recentes pesquisas concluem que a propagação de uma doença que está dizimando a população mundial destes insetos se deve às mãos do homem.
Um estudo dirigido pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e pela Universidade de Berkeley (Estados Unidos) revela que a abelha europeia “Apis mellifera” é a principal responsável pela presença do denominado vírus das asas deformadas aos milhões das colmeias do mundo. Esta pandemia, a qual causou a morte de milhões de abelhas nas últimas décadas, é consequência da ação do ser humano, que comercializa estes insetos e os utiliza para polinizar cultivos, segundo informa o site do centro educativo britânico.

Os pesquisadores argumentam que a propagação dessa doença se tornou muito mais perigosa combinada com a ação do ácaro varroa, um organismo que se alimenta das larvas destes insetos e transmite este mal.
Os autores do estudo, que se concentraram na sequência molecular do vírus e dos ácaros em 32 locais de 17 países, indicam que é necessário limitar de forma “estrita o movimento das abelhas – embora não saiba se elas estão infectadas pelo ácaro – e que os apicultores tomem medidas para controlar a existência deste parasita em suas colmeias, uma vez que eles podem afetar os polinizadores selvagens”.
“A ideia chave de nosso trabalho é que a pandemia mundial de vírus nas abelhas não é natural, mas sim provocada pelo homem. Por isso, controlá-la está em nossas mãos”, diz o professor Mike Boots, ligado às universidades de Exeter e Berkeley.


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