segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Patrulha Ambiental participa de II Encontro Saberes da Caatinga

Integrantes da Patrulha Ambiental participaram, juntamente com os adeptos de práticas e culturas milenares, que ainda persistem no interior do Nordeste e se reuniram na Chapada do Araripe para trocar conhecimentos, no período de 19 a 28 de janeiro de 2018, (a ONG Patrulha Ambiental esteve presente somente do penúltimo dia, devido à disponibilidade dos seus agentes, com relação a tempo e recursos).
No II Encontro Saberes da Caatinga, dezenas de parteiras, rezadores e raizeiros de Pernambuco, Ceará e Piauí tem a pretensão de fortalecer essas práticas de nascimento e cura, ligadas à natureza. O evento foi realizado na Chácara Paraíso da Serra, no município de Exu, no Sertão do Araripe.

Realizado pela Rede de Agricultores Experimentadores do Araripe, com apoio de instituições como a Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o Ibama, entre outras, o Encontro tem como um dos principais objetivos incentivar e manter vivas práticas de cura (algumas milenares) que não dependem do sistema biomédico. Nesta segunda edição do evento, foram oferecidos vários serviços, oficinas de agrofloresta, extração de óleos vegetais, primeiros socorros usando óleos essenciais, arteterapia, shiatsu, cromoterapia, aromaterapia e bioenergética.

Na opinião da pesquisadora do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco - Islândia Carvalho, ao apoiar o Encontro, a Fiocruz PE cumpre o seu papel social de valorização da cultura local no que tange à saúde. “Além disso, a instituição vem desenvolvendo várias pesquisas para elucidar a efetividade dessas práticas e sua potencial contribuição para a saúde da população. Para tal, residentes e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Fundação, participarão do evento com o objetivo de sistematizar conhecimentos e produzir informações científicas sobre o tema”, afirmou.

Desde 2006, o Sistema Único de Saúde – SUS, conta com a Política de Práticas Integrativas e Complementares. Essas práticas são caracterizadas pela Organização Mundial de Saúde como Medicina Tradicional ou Medicina Complementar. Esse termo significa um conjunto diversificado de ações terapêuticas que difere da biomedicina ocidental, incluindo práticas manuais e espirituais, com ervas, partes animais e minerais, sem uso de medicamentos quimicamente purificados, além de atividades corporais, como tai chi chuan, yoga, lian gong. Outros exemplos de PICs são: acupuntura, reiki, florais e quiropraxia.

O primeiro Encontro, realizado há um ano, contou com mais de 100 benzedeiros, parteiras, raizeiros, pesquisadores e professores dos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí. A edição atual superou a do ano anterior em número de participantes. 


Fotos: Patrulha Ambiental
Imagem: Google

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