quinta-feira, 6 de abril de 2017

Patrulha Ambiental averígua denúncia de comercialização de peixes do açude do Cavalete.

Integrantes da ONG Patrulha Ambiental Itinerante foram procurados para realizar diligências em torno do Açude do Governo (como é conhecido) nas proximidades do Bairro Cavalete, em Araripina, PE.

Ao chegarem ao local indicado, encontraram animais pastando às margens do açude, como também detectaram efluentes (esgotos a céu aberto) sendo despejados no referido açude (como mostram as imagens). No que se refere à comercialização de peixes ocorrida na denúncia, foram encontradas pessoas na prática da pescaria para consumo próprio, que quando abordadas, relataram que existe pescadores que vendem esses peixes, mas, não sabem quem os são, apenas que pescam à noite.
Os Agentes da Patrulha alertaram os pescadores encontrados na ocasião, que o consumo do pescado, nas águas daquele reservatório, não seria aconselhado, devido a grande quantidade de efluentes e resíduos descartado de forma irregular no açude, como mostra (abaixo) o trabalho de Georreferenciamento Coordenado pelo Professor Mestre Felipe Rabelo, onde foi encontrado 09 pontos de descarte de efluentes (sinalizados por bandeiras vermelhas) mostrando através de um trabalho técnico, o perigo no consumo de peixes e alimentos que de alguma maneira tenham contado direto com a água do reservatório.

Proteínas, ômega-3, selênio, fósforo, potássio, zinco, cobre, vitaminas do complexo B, arsênio, chumbo e mercúrio. Opa, espere um pouco! O que estes três últimos ingredientes estão fazendo em nossa lista de substâncias encontradas nos peixes? Pois é, esse trio de intrusos malignos pode se acumular na carne de certas espécies e se instalar no seu corpo. Instalar para sempre.
A Patrulha Ambiental procurou alguns órgãos que entende estar relacionados ao ocorrido como, ADAGRO, Vigilância Sanitária e Secretaria de Agricultura da cidade de Araripina, PE que ficaram de se pronunciar (as que estão envolvidas por suas características peculiares e legais, estão diretamente ligadas à ocorrência).
Dentre as principais fontes de contaminação por mercúrio em nosso meio temos: 
- Liberação constante pela crosta terrestre e exposição ambiental
- Fungicidas (metilmercúrio) e inseticidas, persistem no ambiente
- Lodo de esgoto para fertilização, 80% se mantém por 25 anos no solo
- Peixes contaminados (fonte de mercúrio da dieta - methyl-mercurio com 85% de absorção);
- Tatuagens (vermelho)
- Vacinas; Timerosal
- Amálgamas dentários (50% mercúrio elementar): fonte de exposição crônica
- Antissépticos à base de mercúrio.
Você deve estar se perguntando: - "Como vou saber se o peixe que eu comprei está contaminado?" - É impossível ver as substâncias a olho nu, pior: não tem cozimento que elimine metais pesados. "Uma medida de segurança é tentar descobrir de que região eles vêm", sugere Aricelso Lima Verde (UFRJ). Se for de locais reconhecidamente poluídos, fuja”.



Fotos: Patrulha Ambiental

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