São
necessárias novas estratégias para tratar os plásticos biodegradáveis.
No
último dia 23 de maio, realizou-se em Nairóbi a Assembleia Ambiental Global
do Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (pnuma.org). Durante a reunião,
anunciou-se a publicação do estudo “Marine
plastic Debris and Microplastic”, um documento de 192 páginas no qual se
faz uma análise do impacto da poluição por plástico no planeta, sendo de especial
interesse a informação que proporcionam sobre os plásticos biodegradáveis.
É
necessário que a humanidade adote uma nova estratégia para o tratamento
de plásticos, pois se converteram em um dos elementos mais poluentes no
planeta, até o ponto de gerar um “continente
de plástico” no Pacífico, um bloco de lixo que flutua no oceano e cresceu
cem vezes nos últimos quarenta anos, de acordo com os relatórios da imprensa.
No
estudo publicado pela ONU, realiza-se uma análise dos diferentes tipos de
plásticos e faz-se uma avaliação na qual se indica o rápido crescimento que a
poluição por plástico teve nas últimas décadas, sendo o oceano um dos
ecossistemas mais afetados pela poluição gerada por diversos objetos plásticos que
englobam desde sacolas de supermercado, garrafas e brinquedos, até pequenas
tampas de refrigerantes.
O
problema com os plásticos biodegradáveis é que, em grande escala, animam os
consumidores a utilizar objetos fabricados com esse material, sob a promessa de
que o material se desintegrará em pequenas partículas ao expor-se ao ambiente,
mas Jaqueline McGlade, chefe de cientistas do Programa Ambiental das Nações
Unidas, explicou ao The Guardian que “é um conceito bem intencionado, mas
errôneo. Muitos plásticos rotulados como biodegradáveis, como as
sacolas de compras, apenas se desintegrarão em condições ambientais que superem
os 50 °C, e essas condições não se encontram no oceano“. Além disso, a
especialista indicou que os plásticos não costumam flutuar, portanto, não estão
expostos aos raios UV para desintegrar-se.
O
estudo indica na página XL do resumo executivo que “os plásticos
rotulados como ‘biodegradáveis’ não se desintegram com facilidade no oceano”. As
condições requeridas pelos plásticos biodegradáveis para sua desintegração
produzem-se raras vezes na natureza, especialmente em ambientes mais frios,
como o oceano.
É necessário identificar estratégias mais efetivas para o tratamento de plásticos e evitar que a contaminação no planeta siga aumentando, principalmente em áreas tão sensíveis como os oceanos. Os estudantes da área Ambiental da FUNIBER podem traçar propostas para o tratamento de plásticos e para evitar que estes poluentes cheguem aos oceanos.
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