terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Patrulha Ambiental entrega pilhas e baterias usadas na capital pernambucana.

Preocupada com a contaminação do solo e lençóis freáticos na nossa região, a equipe da Patrulha Ambiental Regional do Araripe, em parceria com o Centro Educacional do Araripe (CEA) e o Lions Clube de Araripina, instalaram coletores de pilhas e baterias de celulares em alguns pontos da cidade de Araripina - PE.
O resultado desse trabalho é que, nesse último recolhimento, foram coletados 60kg desse resíduo que pode ser perigoso para o meio ambiente quando descartado da forma incorreta. Com o suporte da Prefeitura Municipal de Araripina, o material foi levado pela equipe da Patrulha Ambiental até a capital pernambucana e entregue ao Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife (CRC) para que seja reciclado e tenha sua destinação ambientalmente correta. 
A Green Eletron, gestora sem fins lucrativos responsável pela logística reversa de produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias portáteis, também foi uma parceira na ação ao orientar e articular com sucesso a entrega dos materiais coletados ao CRC. Atualmente, a gestora também disponibiliza 121 pontos de coleta de pilhas no estado de Pernambuco. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei (Lei nº 12.305/10) que organiza a forma com que o país lida com o lixo, exigindo dos setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus resíduos. O constante aumento do consumo nas cidades proporciona grande geração de resíduos sólidos urbanos. 
O intuito da Lei 12.305/2010, que regulamenta o manejo adequado dos resíduos, é instituir instrumentos para a gestão desses resíduos, permitindo que o país enfrente os principais problemas ambientais, sociais e econômicos causados pelo manejo incorreto dos resíduos. 
A PNRS determina que, para a implantação do sistema de logística reversa, tanto os fabricantes quanto os importadores, distribuidores, comerciantes, cidadãos e prefeitura tenham a responsabilidade compartilhada no manejo dos resíduos e embalagens pós-consumo. 
No caso das pilhas e baterias, o perigo surge quando esses resíduos são descartados de maneira inadequada e vão parar nos lixões comuns. Com o tempo, o material descartado deixa vazar líquidos, que contaminam o solo e as águas subterrâneas, podendo chegar a rios e lagos. 
A contaminação do solo e lençóis freáticos são algumas consequências do descarte incorreto de pilhas e baterias usadas. Algumas dessas, compostas de metais pesados, como o chumbo, mercúrio, níquel e cádmio, são capazes de causar doenças renais, cânceres e problemas relacionados ao sistema nervoso central. 
Como ambientes domésticos costumam ter uma quantidade considerável desse tipo de material, é interessante desenvolver tal temática nas escolas em sala de aula, a fim de estimular os alunos e familiares a tomarem os cuidados necessários em relação ao descarte desses. 
A participação do comércio na questão é fundamental, oferecendo postos de coleta para as pilhas e baterias usadas. Vale lembrar que a legislação brasileira, por meio da Resolução nº 257 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), determina que os fabricantes devem inserir, na rotulagem dos produtos, informações sobre o perigo do descarte incorreto das pilhas e baterias automotivas e de celular no lixo comum. 
Algumas práticas podem ajudar a aumentar a vida útil das pilhas. Uma delas é nunca as guardar em locais expostos ao calor e à umidade. Isso evita o vazamento de seu conteúdo. Além disso, é preferível a utilização de pilhas e baterias recarregáveis, pois têm maior durabilidade. É importante também retirar as pilhas do equipamento se ele for permanecer muito tempo sem uso. 
Seguem abaixo os locais onde estão os coletores das pilhas e baterias na cidade de Araripina: 
  • Centro Educacional do Araripe (CEA) 
  • Rádio Arari FM 
  • Ministério Público Estadual 
  • Prefeitura Municipal de Araripina 
  • Agência Municipal de Meio Ambiente 
  • Escola Técnica Estadual Pedro Muniz Falcão 
  • ONG Chapada 
  • Outros locais serão instalados os coletores e divulgado posteriormente.
A equipe da Patrulha Ambiental agradece a todos os proprietários, diretores e coordenadores dos estabelecimentos que receberam os coletores, contribuindo assim, com essa ação tão importante para a preservação do meio ambiente e consequentemente uma melhor qualidade de vida para todos.

Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google
Fonte: https://idec.org.br
Fonte: https://educador.brasilescola.uol.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

PET - DEZEMBRO VERDE ALERTA SOBRE MAUS - TRATOS E ABANDONO DE ANIMAIS

Durante todo este mês a campanha Dezembro Verde vai alertar a população sobre as graves consequências do abandono de animais e fomentar a guarda responsável dos bichinhos, geralmente cães e gatos que vagam nas ruas, após serem abandonados por seus tutores. Embora não haja estatísticas oficiais, uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 30 milhões de cães e gatos estejam em situação de abandono no Brasil. A campanha é promovida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP). 
Abandonar ou maltratar animais é crime previsto pela Lei Federal nº 9.605/98. Vale lembrar que uma nova legislação, a Lei Federal nº 14.064/20, sancionada em setembro, aumentou a pena de detenção que era de até um ano para até cinco anos para quem cometer este crime. Além disso, o rito processual passa à vara criminal, não mais ao juizado especial. 
“A maioria dos animais abandonados não é resgatada e sofre com fome, doenças, exposição ao tempo, riscos de atropelamento e traumas que interferem em seu bem-estar mental e comportamento”, alerta a médica-veterinária Cristiane Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-estar Animal (CTBEA) do CRMV-SP. 
Outra questão grave são os prejuízos à saúde pública. “O abandono impacta diretamente na vida das pessoas, pois animais nas ruas causam acidentes de trânsito, prejudicam o turismo e afetam a saúde pública – devido às doenças que afetam tanto humanos quanto animais”, diz a médica-veterinária Rosangela Gebara, que integra a CTBEA/CRMV-SP. 

Abandonos aumentam em dezembro 

A escolha deste mês para a campanha está relacionada ao fato de que, neste período do ano, os casos de abandono aumentam de forma expressiva. “Acontece de famílias deixarem seus animais nas ruas, isentando-se da responsabilidade quando vão se ausentar para as viagens de férias e festas de fim de ano”, sinaliza Cristiane. 
Segundo Rosangela, “trabalhos internacionais mostram que as principais causas de abandono são, em primeiro lugar, problemas no comportamento dos animais e, em segundo lugar, alterações na rotina de casa – aí entra a questão das viagens e mudanças de endereço.” 
Mas, a pandemia também ajudou a aumentar esse número, destaca Rosangela. “Infelizmente soubemos que houve um aumento do número de abandono no início da pandemia, as pessoas ficaram com medo de que os animais pudessem transmitir o coronavírus. Na verdade, eles não transmitem, algumas espécies são tão vítimas quanto a gente, podem pegar o coronavírus da gente, mas não transmitem. Mas, por causa de algumas notícias sensacionalistas, as pessoas abandonaram os cães e gatos” 
A médica veterinária destaca que atualmente o abandono tem acontecido por questões financeiras, as pessoas estão ficando sem recursos para cuidar dos animais domésticos. “Agora temos visto um maior número de abandono por conta da crise socioeconômica, as pessoas estão mudando de casa, de estado, perdendo seus empregos, e infelizmente isso acaba afetando e muitas pessoas abandonaram os animais por conta desta questão”, lamenta. 

Doenças em animais abandonados 

Animais nas ruas, sem os devidos cuidados de saúde e higiene, também podem desenvolver as zoonoses, ou seja, doenças infecciosas transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa. 
“Uma grande quantidade de animais nas ruas pode aumentar a incidência de algumas doenças que são transmitidas por vetores, por mosquitos, como a leishmaniose, doenças fúngicas, como é o caso das esporotricose nos gatos e a raiva, apesar que o Brasil tem um ótimo controle da raiva através da vacinação anual. Mas, em países onde não tem essa vacinação e grande animais nas ruas, acabam transmitindo a doença entre eles e às pessoas”, detalha Rosângela. 
A veterinária alerta sobre a importância de manter os animais seguros. “É preciso manter a guarda responsável, castrar os animais, mantê-los dentro de casa e nunca abandonar. Se o animal tiver qualquer problema de comportamento ou saúde procure ajuda, mas nunca abandone, porque o abandono causa um extremo sofrimento ao animal. Os animais, principalmente os cães, têm uma cognição de uma criança de três anos. Então imagina pegar uma criança de três anos e abandonar no meio de uma estrada, numa praça, imagina como é o sofrimento psicológico e físico desse animal diante do abandono!”, compara Rosângela. 

Escolha consciente 

Em seu papel social, os médicos-veterinários são agentes conscientizadores contra o abandono. Os profissionais devem dar orientação desde o momento da escolha do pet até os cuidados para a saúde e o bem-estar ao longo da vida do animal. “As famílias precisam buscar essas orientações antes e depois da adoção/aquisição do pet”, diz. 
Cristiane compartilha desta opinião e enfatiza que “o médico-veterinário pode explicar sobre a lida com os pets no que diz respeito a comportamento e saúde, para ampliar o olhar dos tutores sobre a responsabilidade que é ter um animal de estimação.” 
As especialistas recomendam uma reflexão antes de adotar ou comprar um animal doméstico. É importante fazer os seguintes questionamentos: 

- Todos na família estão de acordo com a presença do animal? 

- O animal terá onde ou com quem ficar quando o tutor for viajar? 

- O animal terá um espaço adequado para dormir e brincar? 

- O tutor terá tempo para fazer passeios e dar a atenção diária que o animal requer? 

- Haverá condições de levar o animal regularmente ao médico-veterinário? 

Denúncia 

Quem presencia maus tratos com animais e deseja denunciar, deve seguir as seguintes recomendações: reunir todas as provas existentes (como fotos, vídeos, imagens de circuitos de condomínios, áudios) e com o material em mãos, ir até uma delegacia de polícia e registrar o boletim de ocorrência. 
Segundo Rosangela, a fiscalização de maus tratos pode ser feita por qualquer cidadão. “Se uma pessoa vir alguém abandonando um animal no meio de uma estrada, essa pessoa pode filmar, fotografar, anotar a placa do carro e acionar de preferência a polícia ambiental. Quem abandonou vai ser indiciado e se for pego em flagrante, cometendo o crime de maus tratos, vai ser investigado e se houver uma denúncia vai ser instaurado um inquérito”. 

A veterinária alerta também que, se possível, deve-se tentar resgatar o animal. “É muito importante também tentar salvar esse animal, se ele for abandonado no meio da estrada, tentar resgatar, quando é uma estrada que tem uma concessionária, avisar onde foi avistado esse animal, pois eles são extremamente vulneráveis, muitos são atropelados e acabam acontecendo muitos acidentes graves, até fatais, com pessoas que tentam desviar desses animais nas estradas”, finaliza. 


Fonte: Blog do Fredson Paiva 
Fonte - Agência Brasil
Imagens: Google