domingo, 26 de janeiro de 2020

Bombeiros Militar resgatam Jabutis e repassa os animais para Patrulha Ambiental.

Uma guarnição do Corpo de Bombeiro Militar formada pelo Tem Valter, Sgt José e os Sds Aurélio, Geraldo e Galvão, que tem seu posto na cidade de Araripina – PE, participaram de um chamado para resgatar alguns Jabutis (Chelonoidis carbonaria) em uma propriedade rural do município, onde receberam do solicitante 13 Jabutis, sendo dois adultos e onze filhotes. 


Os animais foram entregues a Patrulha Ambiental que de imediato informou a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH da posse dos Jabutis. 
O Biólogo Yure Valença contactou o agente Alan Andrade que estava na região que veio de imediato recolher os animais e levar até o Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS Tangara, instalado na capital Recife. 
A Patrulha Ambiental Itinerante, vem desde sua fundação em 2014, desenvolvendo algumas ações em defesa do meio ambiente, e entre essas, está o resgate de animais silvestres em risco. 
O trabalho é desenvolvido de três formas, quando somos acionados pelas Policias Militar, Policia Civil ou Corpo de Bombeiro Militar, que apreendem animais silvestres em operações policiais, ou quando recebem da população seus animais de “estimação” voluntariamente ou quando esses animais estão em situação de risco (em zona urbana, dentro de veículos, e outros locais não apropriados). 
A Patrulha Ambiental já realizou no período de sua fundação até os dias atuais, dezenas de resgates e contenção de animais silvestres que estavam em situação de risco, sendo a sua grande maioria devolvida para natureza, em áreas protegidas, locais estes, ideais para sua sobrevivência e procriação e/ou encaminhados aos órgãos responsáveis da capital do Estado, como é o caso da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH – PE. 

Espécies de serpentes como jiboias, corredeira, suçuarana, verde; répteis como o teiú; quelônios como jabutis, tartarugas; mamíferos como gambás (Saruês), gato do mato e tamanduás; aves como gaviões, pássaros, corujas, seriemas e outros integram a lista de animais resgatados (inclusive animais de outros biomas, como foi o caso de um Tuiuiú) e ou capturados. 
A Patrulha Ambiental registrou um aumento no resgate e ou captura de animais silvestres nos últimos meses, tendo como fatores principais o ciclo reprodutivo de algumas espécies, desmatamentos, construções e o período de chuvas em que há o aumento do volume de água nos riachos, barragens e açudes, forçando os animais silvestres a procurarem novos abrigos. 
A orientação é que qualquer cidadão ao se deparar com um animal silvestre em situação de risco não tentar capturá-lo, pois, alguns desses animais podem se sentir acuados e por seu instinto de defesa vir causar algum dano à pessoa e até mesmo a morte. 
Portanto, procure entrar em contato com alguma instituição que esteja apta a realizar o resgate com segurança. 
Parte da equipe da Patrulha Ambiental participou do treinamento no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS Tangara – CPRH – Recife -PE) onde foram ensinadas técnicas de manejo e contenção de animais silvestres, trazendo assim, uma maior segurança no momento da ação. 
Fotos: Patrulha Ambiental

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Patrulha Ambiental participa da 4ª Ação Ambiental Solidária em Ouricuri – PE

A Patrulha Ambiental participou, a convite, da 4ª Ação Ambiental Solidária realizada na cidade de Ouricuri – PE, no último domingo (19/01). O evento é organizado anualmente pela ativista ambiental Cláudia Pereira e o Professor Évio Galindo, do IF Sertão - Campus Ouricuri, com apoio de estudantes, professores e ambientalistas. 
A Ação aconteceu na praça da matriz da cidade, onde foram disponibilizadas aproximadamente 450 mudas de espécies nativas, frutíferas e exóticas para a população, que se envolveu bastante, trazendo mudas de suas residências para serem trocadas por plantas de seu interesse, ali encontradas. 
Esse trabalho busca conscientizar as pessoas quanto a importância da preservação do meio ambiente (explicou a ativista ambiental Cláudia Pereira). 
Foram discutidas com os presentes diversas formas de se proteger o meio ambiente minimizando os efeitos negativos causados à fauna e flora da região e, consequentemente, a preservação da natureza, reduzindo os impactos ambientais citando-se como exemplo os trabalhos desenvolvidos pelas instituições presentes e outros órgãos que objetivam elevar a qualidade de vida da população promovendo o uso racional e sustentável dos recursos naturais. 
A Patrulha Ambiental, como em anos anteriores, doou algumas mudas de espécies nativas e exóticas para o plantio nas residências e sítios, ajudando assim, mesmo que de modo simples, a arborização, trazendo uma melhor qualidade do ar e outros benefícios trazidos pelo reflorestamento. 


Fotos: Patrulha Ambiental 
Fotos: Profº Évio Galindo

domingo, 12 de janeiro de 2020

Tuiuiú é resgatado pela Patrulha Ambiental


Agentes da Patrulha Ambiental foram informados, na última sexta-feira, 10/01, pela patrulheira Eunice Morais e o Sr. Hugo Júnior, que na zona rural do Município de Simões - PI, teria sido encontrado uma ave Tuiuiú (Jabiru mycteria). 
De imediato o fato foi repassado para o Sr. Paulo Maier do ICMBio e ao Biólogo da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH (PE), Yure Valença, que se disponibilizaram a ajudar no resgate da ave. 
Com a ajuda do empresário Sérgio Lucena que forneceu veículo e combustível, foi possível os agentes Marquel Jacob e Rafael Araújo se dirigirem até a cidade de Simões e com a ajuda dos moradores realizarem o resgate com sucesso. 
O Tuiuiú é uma ave de grande porte encontrado em algumas regiões do Brasil, e é considerado como o símbolo do Pantanal, onde também recebe o título de maior ave voadora. O Brasil tem mais de 50% da população mundial dessa espécie de pássaro e, além da regiões mais ao sul do Brasil, ele pode ser encontrado no Paraguai, Argentina, México, Uruguai e outros países, porém em alguns deles as informações não são totalmente confirmadas se são o Tuiuiú verdadeiro. 
O Tuiuiú é encontrado em toda a região Norte, e na região Sul do Brasil como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, até mesmo em São Paulo e na Bahia. Mas sua maior concentração no território brasileiro está nos Estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Fora do Brasil a maior população da ave pode ser encontrada no Chaco Oriental, no Paraguai. Porém, é no Brasil que se encontra mais da metade da população dessas aves do mundo, ela é tão popular no Pantanal brasileiro que foi escolhida como seu símbolo. 
Esse é um pássaro considerado como de grande porte, uma vez que ele pode ter em torno de 1,60 metros de altura e 1,40 metros de comprimento e peso entre 8 a 10 kg. Se medir a envergadura levando em consideração a ponta de asa a asa pode chegar aos 3 metros. Apenas o bico do Tuiuiú apresenta 30 cm. 
O Tuiuiú é considerado como a maior ave voadora do pantanal, e seu voo é impressionante, pois ele tem a capacidade de ir muito mais alto do que outras aves. Além disso, ele tem como uma característica voar com o pescoço e as pernas esticadas, dessa maneira destaca suas penas brancas, fazendo um contraste com os pés, cabeça e pescoço pretos. 


Na ocasião do resgate foi detectado que a ave tinha sinais de perfurações de tiros (provavelmente de espingarda de chumbinho, como é conhecida) em seguida foi conduzida até a clínica veterinária Bicho Mimado do empresário Leodecley que, com a colaboração do Médico veterinário Geferson Santana foi devidamente examinada e medicada, ficando no aguardo da equipe da CPRH Yure Valença e o colega Alan, (biólogos) que chegaram na manhã do dia seguinte ao resgate. Os mesmos ficarão responsáveis pela condução da ave até o Recife, onde será cuidada e posteriormente, após análise das condições clínicas, será definido o destino da mesma. 

Lembrando que a lei 9.605/98 - Dos Crimes contra a Fauna estabelece o seguinte: 
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: 
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa. 
§ 1º Incorre nas mesmas penas: 
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; 
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; 
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. 

Fotos: Patrulha Ambiental 

domingo, 5 de janeiro de 2020

Área atingida por incêndio na Floresta Nacional do Araripe pode levar até 30 anos para ser recuperada no Ceará

Equipes do Corpo de Bombeiros, ICMBio, Ibama e voluntários atuaram para debelar as chamas. Fogo também impactou produção de pequi. 
Chamas atingiram cerca de 2 mil hectares, o equivalente a dois mil campos de futebol — Foto: PrevFogo/Divulgação 

O incêndio de grandes proporções que atingiu a Floresta Nacional do Araripe foi controlado na última quarta-feira (1º), mas deixou uma área destruída que levará aproximadamente 30 anos para ser recuperada, segundo especialistas. As chamas atingiram cerca de 2 mil hectares, o equivalente a dois mil campos de futebol, na região da Chapada do Araripe, interior do Ceará. 
A destruição impactou diretamente a produção de pequi, importante fruto colhido por famílias extrativistas da região para subsistência. Cerca de 80% da produção de pequi foi atingida. 
"O impacto socioambiental foi grande já que estamos falando do sustento e da complementação de renda de muitos moradores”, lamenta a representante da Unidade de Conservação, Verônia Figueiredo. 
Equipes do Corpo de Bombeiros, ICMBio, Ibama e voluntários atuaram para debelar as chamas — Foto: PrevFogo/Divulgação 

Devido a dimensão do incêndio, equipes do Corpo de Bombeiros, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e voluntários atuaram para debelar as chamas. 

Área de Preservação 
A Floresta Nacional do Araripe é uma Unidade de Conservação (UC) brasileira, situada na Chapada do Araripe e administrada pelo ICMBio. A área corresponde a um importante reduto da Mata Atlântica brasileira e é fundamental para a manutenção de espécies nativas e garantia hídrica no semiárido cearense. 
Embora os prejuízos ainda estejam sendo calculados pelo PrevFogo, estima-se que levará, pelo menos, 30 anos para a área ser recuperada. “Mesmo assim, a região nunca volta a ser o que era antes”, ressalta Verônica, representante da Flona. “Na questão da biodiversidade, nós perdemos muitas espécies de animais típicas da região e da flora local também”. 
Além da importância na preservação ambiental, segundo o ICMBio existem aproximadamente 110 comunidades com atividade extrativista na região, impactando diretamente no modo de vida destes povos tradicionais. A maior parte das famílias estão localizadas nos municípios de Crato, Nova Olinda, Barbalha e Jardim. 
Cerca de 80% da produção de pequi foi atingida pelo fogo — Foto: PrevFogo/Divulgação 

Incêndios de grandes proporções 
O incêndio registrado na Floresta Nacional do Araripe começou no dia 22 de dezembro de 2019. Os primeiros focos foram registrados entre os municípios de Barbalha e Jardim, por populares que passavam pelo local quando perceberam a presença das chamas. Este é um dos maiores incêndios já registrados na região. 
Em 2019, o Prevfogo, que atua prioritariamente em unidades de conservação federais, assentamentos rurais federais e territórios indígenas ou quilombolas, atendeu 20 ocorrências no Ceará. O número representa decréscimo em relação a 2018 (27), mas um aumento em termos de área atingida. Em 2018, foram cerca de 500 hectares, já em 2019, este número saltou para 1.300. 
Outro incêndio de grandes proporções, no ano, foi registrado em 17 de outubro, na Serra de Santa Maria, em Quixeramobim - o fogo chegou a 514 hectares do território. Além dele, o distrito de Uruquê, também em Quixeramobim, sofreu um incêndio que impactou 245,95 hectares de área - ele ocorreu no dia 7 de setembro de 2019. 
O PrevFogo esclarece que “o regime pluviométrico no segundo semestre do ano, que faz com que a vegetação da Caatinga fique mais seca e vulnerável à propagação do fogo, as queimadas irregulares e sem autorização e demais fatores físicos como baixa umidade relativa do ar e direção e velocidade dos ventos”, são fatores que explicam o aumento destas áreas. 

Fonte: Por Rodrigo Rodrigues, G1 CE (Sob supervisão de Valdir Almeida)