domingo, 31 de março de 2019

Parlamento Europeu aprova banir plástico descartável

Segundo a Comissão Europeia, os produtos proibidos representam mais de 70% do lixo encontrado nos mares e oceanos.
O Parlamento Europeu aprovou no dia 27/03/2019 uma legislação para banir em toda a União Europeia (UE) uma série de produtos plásticos descartáveis, incluindo cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres. A proibição entrará em vigor em 2021.
O texto foi aprovado por maioria esmagadora entre os eurodeputados reunidos em Estrasburgo, na França, com 560 votos favoráveis, 35 contrários e 28 abstenções.
A proposta apresentada pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, já havia sido aprovada em negociações com os Estados-membros e outras autoridades do bloco europeu.
A medida proíbe o uso de plásticos descartáveis aos quais existem alternativas feitas de outros materiais no mercado e, em caso de produtos para os quais não existem, visa reduzir seu consumo em nível nacional, aumentar a exigência em sua produção e rotulagem e criar novas obrigações para os produtores em relação a gestão e limpeza de resíduos.
Entre os produtos banidos estão os chamados plásticos oxidegradáveis – que ao se degradar se dividem em pequenas partículas – bem como os recipientes de poliestireno expandido, frequentemente utilizados em embalagens de comidas para viagem.
A proposta também estabelece o objetivo de reciclar 90% das garrafas de plástico até 2029, além de obrigar que sua composição contenha 25% de material reciclado até 2025 e 30% até 2030.
O texto ainda visa forçar os produtores de certos produtos a arcarem com os custos de limpeza, coleta e reciclagem desses artigos. A medida deve atingir principalmente a indústria do tabaco.
“Uma ponta de cigarro jogada no mar contamina entre 500 e mil litros de água”, afirmou o relator da proposta, o eurodeputado belga Frédérique Ries. “O plástico envenena nossos mares, mata seus seres vivos e nos ameaça no final da cadeia. Era urgente agir.”
Devido a sua lenta decomposição, os plásticos representam um problema em especial para os oceanos. Segundo a Comissão Europeia, os produtos incluídos na proposta representam mais de 70% do lixo marinho, cujos resíduos são encontrados em muitas espécies, como tartarugas, baleias e aves, além de frutos do mar destinados ao consumo humano.
Quando apresentou sua proposta, em maio de 2018, a Comissão Europeia alertou contra o risco de haver mais plásticos do que peixes nos oceanos até 2050, se nada fosse feito para combater a poluição.
Com as medidas, a Comissão Europeia projeta reduzir as emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas. Segundo cálculos, danos ambientais no valor de 22 bilhões de euros podem ser evitados até 2030. E os consumidores poderiam economizar até 6,5 bilhões de euros.
Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, disse que a UE deu um passo importante para reduzir o lixo e a poluição por plástico. “A Europa está estabelecendo padrões novos e ambiciosos, abrindo caminho para o resto do mundo”, acrescentou ele, lembrando que o continente europeu não é a pior fonte de poluição plástica.
“Embora nossa parcela na poluição seja relativamente limitada, nossa mudança de modelo econômico tem um impacto global”, disse o holandês. “Países asiáticos estão muito interessados no que estamos fazendo. Países da América Latina também.”
Após a aprovação pelo Parlamento Europeu, cabe agora ao Conselho de Ministros finalizarem a adoção formal das medidas. Os países-membros da UE terão então dois anos para transpor as novas regras em suas legislações nacionais.

Fonte: Deutsche Welle
Fonte: noticias.ambientebrasil.com.br
Imagens: Google

sexta-feira, 22 de março de 2019

Patrulha Ambiental participa de reunião na Flona Negreiros e entrega aves aos responsáveis pela UC da Pimenteira.

A Unidade de Conservação (UC) da Floresta de Negreiros foi criada pelo Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Com área de 3 mil hectares, destinada à conservação da biodiversidade, ao fomento do desenvolvimento sustentável da Caatinga e proporcionar uma melhor qualidade de vida a população da região, como, comunidade escolar, agricultores e produtores rurais. 

A Floresta Nacional de Negreiros é uma Unidade de Conservação Federal do bioma Caatinga, localizada sua maior parte no município de Serrita no Estado de Pernambuco, criada em 11 de outubro de 2007 por um decreto federal. 
A reunião do Conselho Consultivo foi instalada para formação do regimento interno e criar um plano de ação da Unidade de Conservação (UC) da Flona Negreiros. 
Participam do Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Negreiros representantes de órgãos governamentais e segmentos da sociedade civil. 
Os integrantes do Conselho Consultivo estão com suas atribuições voltadas a contribuir com efetivo cumprimento dos seus objetivos, como promover o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de espécies florestais nativas, inclusive as características de vegetação da Caatinga, a manutenção e a proteção dos recursos hídricos e da biodiversidade, e a recuperação de áreas degradadas. 
Na ocasião da reunião foram abordados vários assuntos relacionados aos trabalhos que serão implantados na FLONA Negreiros onde os integrantes da Patrulha Ambiental tiveram um contato direto com os administradores da UC Parque da Pimenteira, que se disponibilizaram a seguirem até a cidade de Araripina – PE, onde a Patrulha tem sua sede, e recolher as aves que foram apreendidas Polícia Civil de Araripina após ocorrência policial e entregues a Patrulha. 
O Parque Estadual Mata da Pimenteira para onde as aves foram levadas para sua soltura, está localizada no município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, é reconhecido como unidade de conservação estadual desde 30 de janeiro de 2012, pelo Decreto Estadual 37.823/2012. O fundamento e principal objetivo da criação dessa unidade é contribuir para a preservação e a restauração da diversidade ecológica da Caatinga. 
Deslocaram-se até a cidade de Araripina o Analista Ambiental Rodrigo Ferraz, Gestor do Parque Estadual Mata da Pimenteira (Serra Talhada, PE) o também Analista Ambiental Gleydson Galeno, Gerente da Unidade de Gestão das Unidades de Conservação e a Técnica Ambiental da Unidade de Conservação, Taíza Clementino, que acomodaram as aves e seguiram com destino a UC da Pimenteira na cidade de Serra Talhada. 

Fotos: Patrulha Ambiental
Imagem: Google

sexta-feira, 15 de março de 2019

Vamos proteger os Gambás ou Saruê

A Patrulha Ambiental está desenvolvendo um trabalho de conscientização da população em relação a não matança e proteção dos Gambás ou Saruês, como são conhecidos na região do Araripe.

Os marsupiais são chamados assim por causa da bolsa que possuem no abdômen, o marsúpio, e é nela que os filhotes se desenvolvem após o parto. O canguru é um dos mais conhecidos, tem também o coala, que são da mesma ordem Diprotodontia. Dentre essas espécies temos o gambá, as vezes menosprezado, mas tão importante; e também as cuícas, que juntos formam essa grande e interessante família de marsupiais.
Existem no Brasil quatro espécies diferentes de Gambás (Didelphis), que são: Gambá-de-orelha-preta (D. aurita), Gambá-de-orelha-branca (D. albiventris), Gambá-comum (D. marsupialis) e Gambá-amazônico (D. imperfecta). Essas espécies são, por vezes, um pouco complicadas de identificar. Os cientistas utilizam de seu material genético para tal, já que visualmente são muito parecidos, e sua localização, que por vezes não se sobrepõe.
Outros nomes populares do gambá no Brasil: Mucura, Cassaco, Timbú, Sarigué, Saruê, Raposa, Taibu, Micurê, entre outros. 
Os Gambás são espetaculares, nascem prematuros e escalam até a bolsa (Marsúpio) da mãe. No marsúpio é que eles vão se desenvolver, crescer, mamar... São protegidos pela mãe por 3 a 4 meses, e como elas podem gerar até mais de dez filhotes por gestação, se tonam lentas nesses períodos. Do terceiro mês em diante ela os coloca em uma toca protegida e amamenta-os ali, vez ou outra, até que possam se alimentar sozinhos.
O Período Reprodutivo dos gambás começa em meados de Julho e posteriormente em Novembro. Esses dados podem variar em alguns indivíduos, variando também pelas condições climáticas. Sendo assim, podemos encontrar mamães gambás com seus filhotes desde julho, até os meses de março/abril.
É muito importante que as pessoas não matem os gambás. Alguns os confundem com o Rato de esgoto (Rattus rattus), que é exótico (invasora no Brasil) e causam problemas de saúde pública, e muitos consideram esses ratos como pragas, exterminando-os. Os gambás também são mortos devido a essa falta de informação, causando impacto na fauna nativa brasileira.
Os gambás são animais de grande importância para nós seres humanos, vamos citar algumas de suas qualidades:
Eles comem cobras venenosas nos ajudando então no controle de animais peçonhentos. Isso porque eles possuem uma proteína que bloqueia efeitos locais do veneno, como hemorragia e edema, tornando-os imunes. Com essa proteção fisiológica conseguem enriquecer seu cardápio com Jararacas (Bothrops sp.), Cascavéis (Crotalus spp.), Corais (Micrurus spp.) e diversas outras. Eles são seres fantásticos. 
Pouco se sabe até o momento, mas os Gambás (Didelphis sp.) podem nos ajudar no controle de pragas exóticas como o Caramujo-africano (Achatina fulica). Esse caramujo foi introduzido no Brasil entre 1988 e 1989, sendo considerado uma das piores pragas invasoras no mundo, 
Além disso, eles nos ajudam na proteção de doenças do carrapato, com o hábito obsessivo de comer, arranhar, lamber e mastigar os carrapatos que vivem na sua pele. Um único gambá pode eliminar cerca de 4000 carrapatos por semana, o que ajuda a prevenir a propagação de doenças do carrapato (Borreliose humana brasileira, Síndrome Baggio-Yoshinari ou doença de Lyme símile brasileira).
Em resumo, os gambás são animais oportunistas, comem o que acharem pela frente, e isso nos ajuda. Eles controlam populações de cobras, serpentes, caramujos, carrapatos, escorpiões, aranhas, ratos, entre outros. 
No entanto, ainda possuem uma qualidade que ajuda na manutenção de florestas. Os marsupiais são grandes dispersores de sementes. A maioria deles são onívoros e eventualmente frugívoros. Consomem uma média de frutos de 34 famílias de plantas. 
Em períodos de seca existe uma maior procura por frutos, que está relacionado à quantidade de água disponível nesses alimentos. 
O processo de dispersão aumenta a probabilidade de germinação das sementes e consequentemente a formação de novos ambientes, contribuindo assim para a manutenção de áreas e preservação das espécies. Na maioria das vezes, quando são consumidas pelos dispersores, as sementes não se desintegram e são encontradas intactas nas fezes. Isso acontece principalmente porque os marsupiais não roem o alimento, possibilitando então um papel mais eficaz na dispersão.
Além disso, um segundo ponto muito importante para a efetiva dispersão é o transporte da semente para locais longe da planta-mãe, e já que os marsupiais são conhecidos por terem uma área de vida extensa, conseguem efetivamente cumprir o papel de dispersores.
Caso encontre um gambá por perto de casa, acione os Bombeiros ou no caso da região do Araripe a Patrulha Ambiental, esses animais não são perigosos e caso não os incomode eles irão embora sem prejuízos aos moradores. 
Uma curiosidade muito legal sobre os gambás é que eles utilizam como defesa o comportamento de se fingir de morto. Este mecanismo de defesa é chamado de Tanatose, e é usado por alguns animais, incluindo os gambás. Caso o Gambá se depare com uma situação onde se sinta ameaçado, por exemplo, no encontro com um predador e sem a chance de escapar, ele pode se fingir de morto para que o inimigo desista de atacá-lo. Isso porque a maioria dos predadores não sente atração por presas já mortas. Durante o período de fingimento, os gambás podem alterar as características do corpo, como frequência cardíaca e respiratória, e esses períodos podem durar entre 1 a 30 minutos. 


Porém, muitas vezes quando você ver um nessa situação, ele pode realmente estar morto. Pois, além dos inimigos naturais, eles tem que se deparar com o homem, veículos, cachorros, etc.
Portanto, não maltrate esse animal que nos traz grandes benefícios.

Fonte: Projeto Marsupial
Fotos: Leonardo Merçon
Imagens: Google imagens
Ilustrações: Paloma de Souza Martins

sexta-feira, 8 de março de 2019

Após campanha de coleta de pilhas e baterias de celulares, Patrulha Ambiental entrega material no Recife.

Preocupados com a contaminação do solo e lençóis freáticos na região do Araripe, a equipe da Patrulha Ambiental, em parceria com o Centro Educacional do Araripe (CEA) e o Lions Clube, instalaram coletores de pilhas e baterias de celulares em alguns pontos da cidade de Araripina – PE, esse trabalho ocorreu no início do mês de Novembro/2018.

Sendo uma de suas características é sempre dar continuidade em seus trabalhos, a Patrulha Ambiental após desenvolver no período de aproximadamente 4 meses, foram coletados mais de 35 Kg de baterias de celulares e pilhas, um grande alivio para o Meio Ambiente e saúde dos que estão em contato direto e indireto com esse material.
Lembrando que foi realizado um trabalho de orientação nas escolas, instituições públicas, e comércio da cidade de Araripina – PE, onde foram deixados os coletores, fora recolhido todo o material, que após peso e acomodação dos resíduos, um membro da equipe da Patrulha Ambiental, com apoio da Prefeitura Municipal de Araripina e da Agência Municipal de Meio Ambiente, se encaminhou até a Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMAS, no Recife, onde realizou a entrega desse material para ter sua destinação ambientalmente correta.

A Patrulha Ambiental teve o apoio na SEMAS da diretora de Recursos Florestais e Biodiversidade da CPRH, a Sra Vileide de Barros Lins e do Dr Bertrand Sampaio Alencar, que receberam o material e se prontificaram de cadastrar a Patrulha Ambiental para coleta e transporte desse material. 
No Brasil são comercializadas mais de 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica - Abinee. Assim, como essa quantidade enorme chega às mãos do consumidor, uma quantidade também enorme delas sai das mãos do consumidor. E a grande maioria vai para a lata de lixo comum.
A preocupação é pelo tipo de comportamento que é bem comum entre as pessoas de todos os lugares do mundo, que é o de descartar as baterias de seus celulares, computadores, relógios em locais inapropriados. Existe um grande perigo no descarte indevido desse material, pois, esses equipamentos contêm um elevado nível de metais pesados em sua composição.
A Patrulha Ambiental trabalha na intenção de que, juntamente com a iniciativa privada, poder público e ONGs posam desenvolver campanhas de conscientização orientando a população, alertando sobre os riscos de contaminação do descarte indevido desse material e também como proceder caso seja necessário jogar fora a bateria antiga ou outros equipamentos eletrônicos. Além disso, é fundamental que essa ideia de postos de coleta sejam realmente criados, não somente em Araripina, mas em todos os municípios de médio e pequeno porte inseridos na região do Araripe, que são os que mais sofrem com a falta de assistência e informação, consequentemente, poluindo seu solo e lençol freático.
Temos como amparo legal a logística reversa que é um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, define a logística reversa como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.”
A mudança começa com o envolvimento de toda população, que tome iniciativa e, caso na sua cidade não tenha um posto de coleta, procure as autoridades e exerça o seu papel de cidadão, cobre do governo da sua cidade um posto de coleta do lixo eletrônico, assim você estará fazendo parte da mudança e contribuindo para um futuro menos poluído para as próximas gerações.
Mas enquanto este tipo de serviço não é popularizado, é preciso que todas as famílias separem as baterias de celulares do lixo comum, enviando-as para locais indicados de coleta de lixo eletrônico.
O Grupo Patrulha Ambiental agradece a todos que direto ou indiretamente, contribuíram com a campanha, retirando do solo, mais de 70 Kg desse resíduo, já que essa é a segunda viagem que a ONG realiza para que as pilhas e baterias tenham sua destinação ambientalmente correta, contribuindo assim, para prevenir possíveis doenças causadas por metais pesados advindo desse material.

Fotos: Patrulha Ambiental
Imagens: Google

domingo, 3 de março de 2019

Prejuízos para a Patrulha Ambiental, após chuvas e ventania.

A Patrulha Ambiental teve seu viveiro destruído com a forte chuva com raios e trovões que caiu sobre a cidade de Araripina na noite de terça feira (27/02) que por alguns minutos deixou muitos prejuízos e toda a população assustada.

Antes
Antes

Depois das chuvas
Depois das chuvas

O viveiro da Patrulha Ambiental fica localizado na Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina – FACIAGRA, e não resistiu aos fortes ventos, e teve sua produção de mudas comprometida. Essas mudas de espécies nativas, exóticas e frutíferas são doadas à população, comunidades e escolas onde a equipe da Patrulha desenvolve seus trabalhos, como palestras e ações voltadas à preservação do meio ambiente.

Parte dessas mudas (especificamente as nativas) fazem parte de uma parceria entre a Patrulha Ambiental e Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental – NAMA da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que executa o Subprograma de Monitoramento das Modificações da Cobertura, Composição e Diversidade Vegetal, do Programa de Conservação da Fauna e Flora, do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), que utiliza essas mudas para reflorestamento de áreas afetadas com os projetos na região do semiárido.
Lembrando que a Patrulha Ambiental não dispõe de recursos próprios, e nessas situações recorre aos parceiros e pessoas físicas e jurídicas, que acompanham seus trabalhos, que visam à sustentabilidade ambiental, buscando uma melhor qualidade de vida à população. 



Fotos: Patrulha Ambiental